Exames de imagem que indicam câncer nos ossos: quais os principais?

Saúde
28 de Abril, 2022
Exames de imagem que indicam câncer nos ossos: quais os principais?

O câncer de ossos é caracterizado pela produção de células anormais no tecido ósseo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia oncológica, a doença é considerada rara, atingindo cerca de 0,2% da população. Sua origem pode estar relacionada ao espalhamento de células tumorais vindas de outras partes do corpo, como nos casos de metástase do câncer de mama, pulmão, próstata e tireóide, por exemplo.. Mas como diagnosticar a doença? Diversos exames de imagem auxiliam nessa descoberta. Veja os principais.

Leia mais: Câncer nos ossos: Principais tipos e sintomas

Principais exames de imagem para diagnosticar câncer nos ossos

Os principais exames de imagem a serem realizados no diagnóstico dos tumores ósseos são:

Raios-X

A princípio, a maioria dos tumores ósseos pode ser visualizada em uma radiografia. Um tumor ósseo apresenta margens irregulares em vez de uma imagem sólida e uniforme. O radiologista pode muitas vezes dizer se um tumor é maligno devido a sua aparência no raios X, mas somente a biópsia pode confirmar.

Ressonância magnética

A ressonância magnética é um método de diagnóstico por imagem que utiliza ondas eletromagnéticas para a formação das imagens. Assim, é possível determinar o tamanho e a localização de um tumor, bem como a presença de metástases.

Alguns exames de ressonância são realizados em duas etapas, isto é, com e sem contraste. Dessa forma, a administração intravenosa de contraste deve ser realizada quando se deseja delinear melhor as estruturas do corpo, tornando o diagnóstico mais preciso. Além disso, a ressonância magnética geralmente permite diferenciar se a imagem é um tumor, uma infecção ou algum tipo de lesão óssea.

Exames de imagem: Tomografia computadorizada

A tomografia computadorizada é uma técnica de diagnóstico por imagem que utiliza a radiação X para visualizar pequenas fatias de regiões do corpo, por meio da rotação do tubo emissor de Raios X ao redor do paciente. A tomografia é importante no estadiamento da doença, pois ajuda a diagnosticar sua extensão e sua disseminação para outros órgãos, como pulmões ou fígado.

Muitas vezes, a tomografia computadorizada é utilizada para guiar precisamente o posicionamento de uma agulha de biópsia em uma área suspeita de câncer.

Cintilografia óssea

A cintilografia óssea é uma forma de diagnóstico por imagem que avalia funcionalmente os órgãos e não apenas sua morfologia. Para a realização do exame, é administrado ao paciente uma injeção intravenosa do radiofármaco 99mTc-MDP (tecnécio), que após algumas horas é atraído pelo tecido ósseo com doença. Para registrar as áreas de captação do material radioativo, é utilizada uma câmera especial que detecta a radioatividade e cria uma imagem do esqueleto. A cintilografia pode detectar variações de até 5% no metabolismo ósseo, geralmente precedendo as alterações radiológicas, oferecendo alta sensibilidade e baixa dose de radiação mesmo na varredura de todo o esqueleto.

As áreas de dano ósseo aparecem como pontos escuros na imagem do esqueleto. Esses pontos podem sugerir a presença de câncer metastático. No entanto, outras doenças, como por exemplo, a artrite apresenta o mesmo padrão de imagem. Para diferenciar o resultado de outras doenças, são solicitados exames adicionais de imagem, como radiografias simples, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Exames de imagem: Tomografia por emissão de pósitrons

A tomografia por emissão de pósitrons (PET scan) mede variações nos processos bioquímicos alterados por uma doença que ocorrem antes que os sinais visíveis estejam presentes em imagens de tomografia computadorizada ou ressonância magnética. O PET scan é uma combinação de medicina nuclear e análise bioquímica, que permite uma visualização da fisiologia humana por detecção eletrônica de radiofármacos emissores de pósitrons de meia-vida curta.

O exame pode diagnosticar a disseminação do tumor para os pulmões, outros ossos ou outras áreas do corpo. Também é usado para verificar como a doença está respondendo ao tratamento.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

Leia também:

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Pessoas com histórico de infarto têm mais risco de desenvolver outros problemas de saúde a longo prazo, como insuficiências cardíaca e renal, arritmias e até depressão,

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Problemas como insuficiências cardíaca e até depressão são mais frequentes em quem sofreu um ataque cardíaco

Bem-estar Equilíbrio Saúde

“É impossível ser feliz sozinho”: cultivar relacionamentos está entre os segredos para viver mais

Indo na direção contrária da longevidade, um estudo revelou que quase ¼ das pessoas em todo o mundo se sentem sozinhas