Exame otoneurológico: o que é, para que serve e como é feito

Saúde
10 de Maio, 2022
Exame otoneurológico: o que é, para que serve e como é feito

Tontura, perda de equilíbrio e perda auditiva são apenas alguns dos sintomas da inflamações do labirinto. Um órgão localizado dentro do ouvido interno. Mas, para detectar se existe alguma inflamação interna ou outros problemas nele. Algumas vezes é necessário fazer um teste clínico. Conhecido como exame otoneurológico.

Também chamado de eletro-oculografia (EOG), esse exame é feito para determinar o funcionamento labiríntico. Assim, o teste determina como o órgão é estimulado. E avalia se ele está mesmo sendo ativado pelo cérebro.

Para que serve?

Além de avaliar o labirinto, o exame também avalia outras partes ligados ao sistema nervoso. Por exemplo, ele acompanha o movimento dos olhos e da cabeça do paciente. Além do seu equilíbrio, para entender crises de tonturas.

Como é feito?

O exame consiste em colocar um paciente em uma cadeira pendular. Ou seja, que faz movimentos. Uma vez que o paciente está sentado, começará a passar umas imagens para que ele possa tentar acompanhar com os olhos. Assim, a partir daí, avalia-se o tempo de resposta entre as imagens. 

Nele, além dos movimentos da cadeira, também são realizados estímulos no labirinto. Especialmente com relação a mudanças de temperatura. Tanto com o calor quanto com o frio. Mas, essa parte do teste pode ser feita por meio de água ou de ar. Mas, hoje em dia, usa-se mais a segunda opção.

Vale também diz que apenas médicos e fonoaudiólogos podem realizar o exame. Ou seja, somente tais profissionais podem identificar se há a necessidade do estímulo e compreender a parte interna do ouvido. Sabendo se tem ou não a presença de cera e perfurações. Que podem impactar no resultado.

Leia também: Dieta para labirintite: Alimentos que melhoram e pioram o quadro

Como funciona o preparo para o exame otoneurológico

Antes de iniciar um exame otoneurológico, o paciente não precisa fazer jejum ou qualquer outro tipo de preparo. Ele somente não pode tomar medicamentos que tirem a função do labirinto. 

Medicamentos assim costumam ser usados em meio a uma crise . Mas, caso o paciente estiver com tontura, para sair da fase aguda. Porém, se uma crise dessas acontece momentos antes do exame, não se deve seguir com o teste. Além disso, é importante suspender medicamentos antidepressivos.

A grande maioria dos pacientes precisa de um só. Vale dizer que o exame é importante para ajudar. Mas ele não é essencial! Se por alguma razão o paciente não tiver como realizar um exame como esse. Ele ainda assim vai ser tratado pelo médico. Pois, além do tratamento com remédios, existem outras maneiras de cuidar do problema.

Fonte: Dr. Fernão Bevilacqua, Otorrinolaringologista do Hospital Albert Sabin de SP (HAS). Membro da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia. E Academia Brasileira de Audiologia APM CFM. CRM 143.759.

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