Esclerodermia: o que é, sintomas, tratamentos e causas
Quando a pele fica mais rígida e espessa, pode até não parecer um problema à primeira vista, mas é preciso ter cautela, pois possivelmente se trata de um conjunto de doenças e reações do organismo, que leva o nome de esclerodermia.
Essa condição dermatológica é famosa por causar um enrijecimento crônico da pele e dos tecidos conjuntivos que dão a estrutura e a sustentação aos órgãos e sistemas do corpo humano.
Atualmente, existem duas formas principais de apresentação dessa doença: a localizada e a sistêmica. Assim, na primeira forma, o envolvimento acontece apenas na pele. Já o segundo tipo, também chamado de esclerose sistêmica, afeta, além da pele, outros órgãos como o esôfago, os pulmões e os rins.
Causas
Mas, até hoje, médicos e cientistas tentam encontrar as possíveis causas por trás da esclerodermia, mas não existe um consenso de que apareça algo claro para a formação desse enrijecimento cutâneo.
Por outro lado, sabe-se que a condição é totalmente autoimune. Ou seja, ocorre pelo agravamento das células do próprio corpo. Por isso, ela não pode ser considerada contagiosa.
Sintomas de esclerodermia
O sintoma mais aparente da esclerodermia é o espessamento cutâneo, que pode simplesmente ser percebido pela rigidez ao toque em direção à pele. Além disso, outros sinais podem incluir:
- Rigidez das articulações
- Diminuição da abertura da boca
- Dificuldade para engolir alimentos sólidos
- Mudança na cor da ponta dos dedos (começa esbranquiçado, passa para um tom azulado/roxo, e termina avermelhado). Tal condição leva o nome de Fenômeno de Raynaud, sendo mais propensa em ambientes frios
- Dificuldade para respirar
- Por fim, nódulos com depósitos de cálcio nas mãos e cotovelos
Geralmente, esses sintomas são mais perceptíveis entre as mulheres na faixa etária de 30 a 50 anos de idade, que são o grupo mais propenso a relatar a doença.
Diagnóstico de esclerodermia
A análise para detectar a esclerodermia é difícil e pode levar meses (ou até anos!) para ser estabelecida. Mas, o que se sabe é que apresentar o Fenômeno de Raynaud costuma ser uma valiosa dica porque, em alguns casos, ele pode aparecer de forma isolada, até mesmo anos antes dos outros sintomas surgirem.
Além disso, marcadores de exames de sangue, como a dosagem de anticorpos autossuficientes podem auxiliar bastante. Outros testes, comumente pedidos, incluem a radiografia ou tomografia da região torácica, exames para medir a função pulmonar e uma eventual biópsia de pele.
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Tratamento e prevenção
Para tratar a esclerodermia pode ser necessário o uso de medicamentos tópicos ou sistêmicos, de acordo com cada caso. Os principais incluem os corticoides e imunossupressores, como o metotrexate.
No caso de pacientes com o Fenômeno de Raynaud, é necessário proteger as extremidades do corpo para não passar frio.
Por fim, é importante lembrar que não existem formas conhecidas de prevenção da esclerodermia. O ideal é prevenir complicações da doença, fazendo o diagnóstico precoce e acompanhamento adequado.
Fonte: Natasha Crepaldi, dermatologista formada em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) com pós-graduação em Dermatologia pelo ISMD em Niterói (RJ) e em Medicina Estética pelo International Association of Aesthetic Medicine IAAM/ASIME.