Enxaqueca na gravidez: assim como Virginia, é normal sentir dores fortes?

Gravidez e maternidade
17 de Maio, 2022
Enxaqueca na gravidez: assim como Virginia, é normal sentir dores fortes?

Recentemente, a influenciadora Virginia Fonseca sofreu mais uma crise de enxaqueca na gravidez. Desde 15 de maio, a esposa do cantor Zé Felipe está internada e sem previsão de alta. Por causa das fortes dores e da necessidade de hospitalização, a influenciadora se tornou um dos principais assuntos do Twitter e do Instagram.

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Sintomas

A enxaqueca é uma dor pulsante e intensa, geralmente em um lado da cabeça. Às vezes, os episódios são tão intensos que provocam náusea, vômito, tontura, visão embaçada e sensibilidade à luz e ao som. Como resultado, a qualidade de vida fica comprometida, pois muitas pessoas enfrentam crises repetidas.

Causas da enxaqueca na gravidez

As mulheres são as principais vítimas. De origem genética, a enxaqueca na gravidez pode ter a ação hormonal como um fator desencadeante. O motivo é o estrogênio, capaz de influenciar a sensibilidade nos primeiros meses de vida do bebê dentro do útero. “Geralmente, as dores são mais fortes no primeiro trimestre e podem melhorar ao longo da gestação. Mas, infelizmente, uma pequena parcela das mulheres (4% a 8%) pode sofrer com a piora do quadro durante a gravidez”, explica Inara Taís de Almeida, médica neurologista.

O que fazer em casos de dores fortes?

“Geralmente quando a crise de dor é persistente, muito intensa ou apresenta algum sinal diferente das crises anteriores, é importante recorrer a um serviço de emergência para que sejam excluídas causas mais graves”, sugere a médica. No caso de Virginia, que está no terceiro mês da gestação, foi necessário o uso de medicamentos para controlar a dor. Contudo, segundo Inara, há poucas evidências da segurança dos remédios para enxaqueca na gravidez. “Por isso, o tratamento é inicialmente focado em medidas alternativas aos medicamentos”, comenta.

Como prevenir a enxaqueca na gravidez

A princípio, a melhor forma de evitar o transtorno é realizar um tratamento com medicamentos antes de engravidar. No entanto, se não for possível, a futura mãe deverá adotar alguns hábitos para amenizar o distúrbio. “Por exemplo, sono adequado e de boa qualidade, refeições regulares, hidratação e manutenção de um programa de exercícios podem prevenir e reduzir a frequência das dores na gravidez”, orienta a especialista. Além disso, a médica sugere que práticas de biofeedback e relaxamento têm boa resposta como tratamentos preventivos e podem ser eficazes para abortar a crise de dor nos estágios iniciais. “Essas técnicas são mais eficazes quando são praticadas regularmente e idealmente devem se iniciar antes da gestação”, conclui.

Fonte: Inara Taís de Almeida, médica neurologista e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia.

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