Emagrecer comendo o que gosta é possível. Saiba como

Alimentação
26 de Novembro, 2021
Emagrecer comendo o que gosta é possível. Saiba como

Se você já tentou perder peso, deve ter ouvido falar que não é possível emagrecer comendo o que gosta. Pois, muitos pregam que, para perder peso de fato, é necessário seguir uma dieta restrita com poucas opções de alimentos. 

Contudo, na prática, não é assim que o emagrecimento funciona. Pois, para diminuir os números na balança não existe milagre, e muito menos fórmula mágica: é preciso que tenha déficit calórico. 

Emagrecer comendo o que gosta: O que é déficit calórico

 “Ele nada mais é do que a lógica de ingerir menos calorias do que o corpo gasta diariamente. Desse modo, há a perda de peso”, explica a nutróloga e ortomolecular Fernanda Cortez.

Tem gente, por exemplo, que utiliza o jejum intermitente (passar algumas horas do dia sem comer) para conseguir consumir menos calorias diariamente. Já outras pessoas preferem reduzir os carboidratos simples (que costumam ser calóricos) do cardápio. Ou seja, cada um escolhe o plano alimentar que considera mais adequado, mas todos usam o déficit para promover o emagrecimento.

Assim, é possível adaptar, fazer melhores escolhas e, no fim, não abrir mão dos alimentos preferidos e, mesmo assim, emagrecer comendo o que gosta. 

Cuidados com o déficit calórico

Contudo, é imprescindível consultar um especialista antes de adotar o déficit calórico, uma vez que você precisa fazer escolhas inteligentes para não sofrer com a deficiência de nenhum nutriente no organismo. “Não adianta, por exemplo, ficar sem se alimentar o dia todo e depois comer um brigadeiro ou uma coxinha para não passar mal”, alerta a médica.

As suas refeições precisam conter menos calorias — mas ainda terão que ser ricas em nutrientes. “A ideia é pedir ajuda a um médico ou um nutricionista e definir qual estratégia vai ser usada. Desse modo, priorize bons alimentos, como os ricos em fibras, gorduras boas e proteínas — abacate, nozes, oleaginosas e frango. Eles dão mais saciedade.”

Além disso, uma dieta ou rotina alimentar muito restritiva dificilmente pode ser mantida a longo prazo sem gerar consequências negativas para a saúde. “O corpo começa a consumir o estoque de glicogênio (primeiro do fígado, e depois dos músculos), e isso vai diminuindo a massa muscular. A pessoa pode ter tremores, confusão mental e hipoglicemia. Em casos muito graves, pode ocorrer infarto e insuficiência cardíaca”, alerta a especialista.

Como emagrecer comendo o que gosta

Outras estratégias também aumentam o metabolismo sem você precisar passar fome, sabia? Praticar exercícios regularmente, fazer pequenas refeições de três em três horas e consumir alimentos termogênicos são alguns exemplos. “Beber bastante água, regular o sono e procurar um especialista também são essenciais”, finaliza Fernanda.

Beba (mais) água

Não é novidade que a água é necessária para todos os processos do corpo, incluindo circulação saudável, digestão e eliminação de resíduos. Estudos mostram que a água realmente ajuda a acelerar o metabolismo e, embora o efeito possa ser leve, pode causar um impacto maior ao longo do tempo. Da mesma forma, água antes das refeições reduz naturalmente o tamanho porções, o que pode ajudar a evitar excessos. 

Defina o alarme do seu telefone celular como um lembrete, se necessário. E se você não é fã de água pura, enfeite com limão, hortelã fresca, pepino fatiado, gengibre fresco ou pedaços de frutas da estação.

Desligue a televisão para comer

A vontade de almoçar vendo televisão (ou mexendo no celular) é grande. Mas, no momento da refeição é importante focar para controlar o que consome. Comer com atenção plena. Buscar se alimentar de maneira consciente, percebendo o tipo de alimento se está ingerindo e o gosto, a fim de extrair o máximo benefício. É o que prega o mindful eating, técnica milenar bastante usada na nutrição comportamental e que propõe a conscientização dos sinais e das respostas ao ato de nutrir-se, mantendo a curiosidade no sentido de buscar a percepção das sensações.

Portanto, escolha locais tranquilos e agradáveis para fazer suas refeições e se desconecte de aparelhos eletrônicos e redes sociais. Explore o sabor e a textura de cada alimento, e mastigue com calma. 

Leia também: Dicas de como manter o foco na dieta low carb

Aprenda a reconhecer a fome emocional

A fome real desencadeia sinais de natureza física, como uma barriga levemente roncando e a necessidade de combustível. Por outro lado, a fome emocional não tem nada a ver com as necessidades do corpo. Pode ser motivada por hábitos, emoções ou sugestões ambientais – como ver outras pessoas comendo.

Por isso, se você sente fome uma hora depois de comer uma refeição perfeitamente equilibrada, fique atento. Pode ser ansiedade, tédio ou talvez o desejo de recompensa ou conforto. Investigar o relacionamento pessoal com a comida e os motivos por trás das escolhas alimentares pode fornecer uma riqueza de conhecimentos. 

Se você achar que muitas vezes confunde a fome com comer emocional, teste alguns mecanismos de enfrentamento alternativos que abordam seus sentimentos.Respiração, meditação guiada e atenção plena na hora de comer são excelentes ferramentas para ajudar a diferenciar uma da outra. Você não pode se transformar da noite para o dia. Mas, ao começar a substituir os alimentos por outras maneiras de atender às suas necessidades emocionais, mudará a forma como come para sempre. E para muitas pessoas, esta é a peça final do quebra-cabeça da perda de peso.

Fonte: Fernanda Cortez, nutróloga, ortomolecular e pós-graduada em Nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia).

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