Doença inflamatória intestinal: tipos, causas e tratamentos

Saúde
12 de Maio, 2022
Doença inflamatória intestinal: tipos, causas e tratamentos

Você sabia que o mês de maio é dedicado às doenças inflamatórias intestinais? Chamada Maio Roxo, a campanha busca aumentar o conhecimento da população sobre esse tipo de doença, bem como alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento. Mas, antes de tudo, o que é a doença inflamatória intestinal?

Conhecida também como DII, trata-se de inflamações autoimunes que atingem o intestino ou partes dele. As mais comuns são a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn.

Leia também: Doença de Crohn e o poder da alimentação

Quais são os sintomas das doenças inflamatórias intestinais?

A retocolite ulcerativa é uma inflamação que causa feridas na mucosa do intestino. Seu principal sintoma é a diarreia com sangue com frequência (por mais de três a quatro semanas), bem como a presença de muco nas fezes. 

Já a doença de Crohn é uma inflamação que pode afetar todo o sistema digestivo, sendo um fator de risco para o câncer de intestino.

Os sintomas incluem diarreia com sangue ou muco, mas, como a doença dificulta a absorção de nutrientes pelo organismo, também é possível ter fraqueza, febre, perda de peso repentina, cólicas, entre outros sinais.

Leia também: Câncer de intestino: Causas, sintomas e dados no Brasil

Quais são as causas da doença inflamatória intestinal? 

“A principal causa é genética”, explica o médico gastro cirurgião Marcos Belotto, de São Paulo.

Mas não é só: o mau funcionamento do sistema imune também pode ter relação com o surgimento das doenças. 

E mais: embora não sejam as causas, fatores como estresse e ansiedade, pouca ingestão de fibras e água, infecção intestinal (por comer algum alimento estragado, por exemplo) e o envelhecimento natural do corpo podem gerar os sintomas. 

Leia também: Fatores que atrapalham a saúde do intestino

Quais são os tratamentos?

Nem sempre o diagnóstico das DII é simples. Por isso, é preciso prestar atenção ao funcionamento do próprio intestino e procurar um médico em caso de alterações. Sangue ou muco nas fezes também são outro sinal importante. 

Existem exames para ajudar na busca do diagnóstico, que podem ser de sangue, de fezes ou a colonoscopia com biópsia do intestino, se necessário. 

O tratamento é feito com remédios para aliviar os sintomas e colaborar com a cicatrização do intestino, além de antibióticos e imunossupressores.

“Por fim, tem os medicamentos biológicos (produzidos pela biologia celular de DNA e aplicados na forma de injeção), que fazem com que o próprio organismo melhore, sem um agente externo”, diz o médico.

Leia também: Como melhorar o intestino depois de tomar antibiótico

Mas, quando os remédios não têm resultados, em alguns casos é preciso fazer uma cirurgia para retirar partes do intestino acometidas pela doença.

Não há cura para as DII, mas sim controle. Manter uma alimentação rica em fibras, evitar álcool, cortar o cigarro, controlar o estresse e fazer exercícios físicos são algumas medidas que podem ajudar.

Fonte: Marcos Belotto, médico gastro cirurgião, de São Paulo.

Sobre o autor

Redação
Todos os textos assinados pela nossa equipe editorial, nutricional e educadores físicos.

Leia também:

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Pessoas com histórico de infarto têm mais risco de desenvolver outros problemas de saúde a longo prazo, como insuficiências cardíaca e renal, arritmias e até depressão,

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Problemas como insuficiências cardíaca e até depressão são mais frequentes em quem sofreu um ataque cardíaco

Bem-estar Equilíbrio Saúde

“É impossível ser feliz sozinho”: cultivar relacionamentos está entre os segredos para viver mais

Indo na direção contrária da longevidade, um estudo revelou que quase ¼ das pessoas em todo o mundo se sentem sozinhas