Disciplina positiva: O que é, benefícios e como colocar em prática

Equilíbrio
18 de Agosto, 2021
Disciplina positiva: O que é, benefícios e como colocar em prática

Educar os filhos pode ser uma tarefa complicada para os pais. Durante o processo, dúvidas sobre estar seguindo (ou não) o melhor caminho são comuns. Por isso, psicólogos e pedagogos vêm buscando uma nova filosofia de educação: a disciplina positiva. 

O conceito de disciplina positiva busca educar as crianças com firmeza e gentileza. Dessa maneira, o objetivo principal é desenvolver sensos de responsabilidade, autonomia, cooperação e respeito por si e pelos outros.

Criada pela educadora norte-americana Jane Nelsen, a abordagem surgiu há mais de 30 anos, a partir das teorias dos psiquiatras Alfred Adler e Rudolf Dreikurs.

Na disciplina positiva, a comunicação não-violenta é essencial. Isto é, punir os filhos por meio de violência verbal, física ou psicológica está fora de cogitação. Assim, os pais são instruídos a estabelecer uma conexão afetiva antes da correção do comportamento. 

As crianças devem expor os seus sentimentos sem dificuldades, e os responsáveis devem ouvi-las. Por exemplo, se o pequeno está fazendo birra, os pais devem esperar ele se acalmar antes de ter uma conversa. 

Leia também: Distúrbios de aprendizagem mais comuns entre as crianças

Pilares da disciplina positiva

Os pilares fundamentais do método são:

  • Conexão: Os filhos devem sentir um senso de pertencimento e de importância na família;
  • Respeito mútuo: Seja gentil e firme ao mesmo tempo; 
  • Eficácia em longo prazo: Considere o que as crianças estão pensando, sentindo e fazendo;
  • Foco no desenvolvimento de habilidades de vida: Responsabilidade, autodisciplina, cooperação, resolução de problemas e empatia precisam ser considerados antes de corrigir a criança;
  • Autonomia e autocontrole: estimule essas duas capacidades.

Benefícios da disciplina positiva

A disciplina positiva pode trazer diversos benefícios, tanto para os pais quanto para os filhos: Portanto, veja alguns deles:

  • O pequeno entende a importância de conhecer as necessidades por trás dos comportamentos da criança;
  • Ele desenvolve o autocontrole e o autoconhecimento;
  • Além disso, repensa os padrões comportamentais;
  • Ensina às crianças habilidades sociais e intrapessoais, como empatia e segurança em si mesma;
  • Atende às crianças de forma consistente e amorosa.

Leia também: Programas de culinária estimulam alimentação saudável em crianças

Como colocar em prática

Estar 100% presente na educação dos filhos não é a realidade de muitos pais. Seja pela rotina, pelo excesso de tarefas no trabalho, pelo o cansaço ou mesmo pelo tempo dedicado às telas em geral (celulares, televisores).

Mas a boa notícia é que você pode abordar a disciplina positiva na educação dos seus filhos com algumas dicas:

  • Mostre empatia: A criança precisa de empatia. Por isso, diga a ela que você entende os sentimentos que ela está expondo. Use exemplos pessoais para garantir essa aproximação;
  • Encoraje: O apoio dos pais é fundamental no desenvolvimento da criança. Busque ajudar o seu filho a pensar em alternativas para melhorar seu desempenho na escola, por exemplo;
  • Opte pela diversão: É normal a criança não gostar de certos alimentos. Mas em vez de puni-la, pense em brincadeiras que envolvam comidas, frutas e verduras.

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

Leia também:

Bem-estar Equilíbrio Saúde

“É impossível ser feliz sozinho”: cultivar relacionamentos está entre os segredos para viver mais

Indo na direção contrária da longevidade, um estudo revelou que quase ¼ das pessoas em todo o mundo se sentem sozinhas

misofonia
Bem-estar Equilíbrio

Misofonia: O que é a síndrome que viralizou no TikTok?

A misofonia é uma condição que provoca uma reação negativa aos sons. Saiba mais

Bem-estar Equilíbrio Saúde

Taxas de suicídio e de autolesão de crianças e jovens aumentam no Brasil

País registrou o aumento de 3,7% nas taxas de suicídio e de 21% nos casos de automutilação entre os anos de 2011 e 2022