Disbiose intestinal: o que é, causas, sintomas e tratamento

Saúde
16 de Maio, 2022
Disbiose intestinal: o que é, causas, sintomas e tratamento

Você com certeza já ouviu falar em microbiota intestinal (ou flora intestinal), certo? Trata-se de uma colônia de microrganismos – fungos, vírus e bactérias – “do bem”, que vivem no trato gastrointestinal e são responsáveis por manter o bom funcionamento do aparelho digestivo. A microbiota também ajuda a fortalecer o sistema imune e impedir que microrganismos patogênicos – isto é, que causam doenças – se proliferem. Quando há um desequilíbrio nessa colônia, ocorre uma condição chamada de disbiose intestinal. A seguir, saiba mais sobre ela.

O que causa a disbiose intestinal?

Em primeiro lugar, é importante dizer que a disbiose não é uma doença, mas sim uma condição clínica. Sua principal causa é a má-alimentação. Principalmente aquela que é baseada no consumo excessivo de embutidos, alimentos industrializados e também no excesso de proteínas (presente nas carnes, ovos, leite, etc). Além disso, uma dieta pobre em fibras também pode desencadear a condição. Assim como o uso exagerado de alguns medicamentos, como antibióticos e remédios contra acidez estomacal. 

Quais são os principais sintomas?

Distensão abdominal, gases, arrotos, prisão de ventre, náuseas, azia, candidíase de repetição e diarreia. Além disso, a disbiose pode desencadear doenças graves, como intolerância à lactose, doença celíaca e síndrome do intestino irritável. 

Da mesma maneira, a microbiota intestinal também está ligada à produção de substâncias relacionadas ao bem-estar. Quando há um desequilíbrio, pode haver sintomas como cansaço, mudanças de humor, ansiedade, entre outros. 

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Quais os tratamentos para a disbiose intestinal?

Por meio de uma boa anamnese (conversa entre o profissional de saúde e o paciente, com o objetivo de entender sintomas, hábitos, etc, que possam ser o ponto inicial no diagnóstico de uma doença), o médico pode levantar a suspeita. Mas, se for preciso confirmar o diagnóstico, existem exames.  

O tratamento consiste, basicamente, em uma boa mudança de hábitos alimentares e de saúde. Além do acompanhamento médico, pode ser interessante também contar com um nutricionista, para indicar uma dieta adequada. 

Alimentos ricos em gorduras insaturadas, como azeite de oliva, abacate e amêndoas, assim como o aumento do consumo de alimentos ricos em fibras (presentes nas frutas, vegetais frescos e leguminosas, por exemplo) ajudam a recolonizar a microbiota com microrganismos bons. 

Ainda assim, não podem ficar de fora os alimentos com probióticos, que são justamente as bactérias boas do intestino. Entre eles estão o iogurte, o kefir, a kombucha, o chucrute (repolho em conserva) e o kimchi (repolho e rabanete fermentados). Os probióticos também podem ser ingeridos por meio de suplementos. 

Por outro lado, evite o consumo em excesso de açúcares e farinhas refinados, bebidas alcoólicas, frituras e industrializados em geral. Por fim, faça exercícios físicos e beba bastante água para manter o estilo de vida saudável de maneira geral e ficar longe de problemas como a disbiose.

Fonte: Marcos Belotto, médico gastro cirurgião de São Paulo (SP). 

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