Difteria: sintomas, transmissão e prevenção
Placas esbranquiçadas nas amígdalas ou laringe, febre e calafrios podem ser sintomas da difteria. A doença, que pode ser prevenida por vacina, é também conhecida como “crupe”. Ela é causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que vive na boca, garganta e nariz da pessoa infectada e produz uma toxina que pode gerar graves complicações, como a insuficiência cardíaca e a paralisia, por exemplo. Entenda melhor a doença.
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O que é difteria?
De acordo com o Dr. Pedro Cavalcante, pediatra, a difteria é uma doença toxi-infecciosa aguda e imunoprevenível causada por uma bactéria que coloniza as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras mucosas e a pele. “A transmissão é feita por contato com gotículas do trato respiratório ou contato direto com as lesões”, explica o médico. Assim, seu principal transmissor é o próprio doente ou o portador (pessoa que carrega a bactéria no corpo, mas não apresenta sintomas).
Quais são os sintomas?
Confira os principais sintomas da difteria:
- Queda do estado geral de saúde
- Palidez
- Indisposição
- Dor de garganta
- Febre não muito alta.
- Placa branco-acinzentada nas amígdalas, que se extende a outras partes da garganta
Além disso, em casos mais graves, pode causar aumento dos gânglios cervicais (conhecido popularmente como ínguas) e até fechamento da via aérea.
Como diagnosticar?
Ainda segundo o especialista, o diagnóstico de difteria é estabelecido pelo quadro clínico do paciente. “O médico nota a presença da pseudomembrana em pacientes com queixa de dor de garganta e febre, e confirma por meio do isolamento e identificação do agente etiológico por meio de exames diretos na nasofaringe, orofaringe ou lesão de pele”, explica.
Como é o tratamento da difteria?
A princípio, a medida mais eficaz para tratar a difteria é a utilização do soro antidiftérico, administrado em um hospital para neutralizar a toxina da bactéria. Além disso, o uso de antibiótico também pode ser considerado como medida auxiliar, bem como outras medidas de suporte dentro da unidade hospitalar.
Afinal, é possível prevenir?
De acordo com o médico, sim, já que existem diversos tipos de vacina para prevenir a difteria. Dessa forma, no calendário nacional de imunização, está disponível a DTP, indicada para bebês de 2, 4 e 6 meses, além daqueles com idade de 15 meses e de 4 a 6 anos. Ademais, quando adulto, a dT é indicada de 13 e 15 anos, segundo recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria.
“Por se tratar de uma doença grave, é importante manter o calendário vacinal da criança e do adulto sempre atualizado. A vacina é a única forma eficiente de prevenção e está indicada a partir dos 2 meses de vida, com reforços a cada dez anos, inclusive para adolescentes, adultos e idosos”, completa o especialista.
Fonte: Dr. Pedro Cavalcante, especializado em pediatria pelo Instituto da Criança da USP e Médico de família.