A diferença entre intolerância e alergia alimentar

Alimentação
24 de Setembro, 2019
A diferença entre intolerância e alergia alimentar

Apesar de alguns de seus sintomas se confundirem, intolerância e alergia alimentar têm origens diferentes – e cada um demanda cuidados específicos. 

A principal diferença entre essas duas condições de saúde está na forma como cada uma afeta o organismo. Enquanto a alergia desestabiliza o sistema imunológico, a intolerância alimentar mexe com o aparelho digestivo

Quando ocorre uma alergia alimentar, as defesas do corpo se armam contra componentes específicos dos alimentos, considerados inimigos. Os sintomas podem envolver qualquer órgão: entre os mais comuns estão problemas de pele, como urticária, e respiratórios, como tosse ou falta de ar. 

Os produtos mais alergênicos costumam ser frutos do mar, amendoim, soja, trigo, ovo e proteína do leite.

Já a intolerância alimentar tem a ver com a ausência total ou parcial de enzimas no sistema digestivo, ocasionando a dificuldade em digerir um nutriente. Normalmente, os sintomas envolvem diarreia, flatulência e enjoo. 

Lactose do leite, alimentos fermentados, como o vinho, glúten, frutas cítricas, repolho e oleaginosas são os itens mais propensos a causar intolerância.

“A principal maneira de diferenciar intolerância e alergia alimentar seria pelo momento da vida, pois as alergias alimentares costumam se manifestar ainda na infância

Leia também: Dieta sem glúten: O que é, como fazer e cardápio

As intolerâncias, no entanto, podem ser desenvolvidas em qualquer idade. Outra forma é pelos sintomas, pois as intolerâncias são restritas a manifestações digestivas”, explica Priscilla Ceci, professora de nutrição do Centro Universitário IESB.

Como é feito o diagnóstico de intolerância e alergia alimentar? 

A alergia alimentar pode ser detectada por meio de exames de sangue que dosam a imunoglobulina chamada IgE e também através de testes na pele. 

Para descobrir uma intolerância alimentar, entretanto, nem sempre há exames específicos. Por isso, o histórico, o quadro clínico do paciente e os sintomas são geralmente determinantes no diagnóstico. “Contudo, no caso da intolerância à lactose, é possível avaliar a capacidade digestiva do organismo a esse carboidrato por meio de testes respiratórios e sanguíneos”, diz a nutricionista.  

A recomendação é procurar um médico assim que se observar qualquer manifestação alérgica após a ingestão de um alimento. Isso porque os sinais podem ser simples, como inchaço nos lábios ou chiado na respiração, ou chegar à forma mais grave, conhecido como choque anafilático – que causa muita dificuldade para respirar e pode provocar até uma parada cardíaca. 

“Fazer o diagnóstico correto é importante para que a pessoa exclua para sempre esse alimento da sua alimentação antes que atinja esse nível de seriedade.” 

No caso da intolerância, pode-se evitar comer o produto ou até contar com o auxílio de medicações que ajudam na digestão, como cápsulas de enzima lactase, ótimas para os intolerantes à lactose.

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