Dieta das Zonas Azuis: O que comer para viver mais

Alimentação
04 de Dezembro, 2019
Dieta das Zonas Azuis: O que comer para viver mais

Quer viver uma vida longa e saudável? Então, você precisa saber o que é a dieta das Zonas Azuis

Existem cinco lugares no mundo que detêm a maior porcentagem de pessoas que vivem saudáveis ​​e felizes por 100 anos, as chamadas zonas azuis. Segundo a ciência, a fórmula para a longevidade inclui 10% de genes e 90% de estilo de vida. Portanto, os pesquisadores estavam interessados ​​em entender os principais hábitos dessas comunidades centenárias.

“O que descobrimos é que as pessoas nas zonas azuis não só vivem mais tempo – cerca de dez anos acima da média – mas vivem melhor a sua velhice”, disse à BBC o cientista americano Dan Buettner, que batizou essas cinco regiões. 

Assim, em seu livro As Zonas Azuis, Buettner estudou os hábitos alimentares na ilha de Okinawa, no Japão, na cidade de Loma Linda, na Califórnia (EUA), na ilha de Ikaria, na Grécia, na Sardenha (Itália) e na península de Nicoya, na Costa Rica.

Dieta das zonas azuis: O que essas regiões têm em comum

Mesmo distantes, a população desses locais se alimentam de forma similar. Assim, maioria dos alimentos que consomem nas zonas azuis vêm de plantas. Mas, acima de tudo, são alimentos não processados ​ou muito pouco processados.

Com isso, não importa onde as pessoas vivam, Buettner descobriu que cada um tinha quatro alimentos principais em suas dietas de longevidade:

  • Leguminosas
  • Verduras
  • Grãos integrais
  • Oleaginosas

Isso representa 80 a 90% de suas calorias que eles ingerem todos os dias.

Ikaria, Grécia

Na remota ilha grega de Ikaria,, 97% das pessoas têm mais de 70 anos, e Buettner encontrou apenas três casos de demência. Com isso, em comparação, há 50% de chance de demência para os americanos que atingem 85 anos.

Também, um prato comum é o dente de leão selvagem, cozido como espinafre. Esses verdes têm 10 vezes mais antioxidantes que o vinho tinto. O grão-de-bico, favorito em Ikaria, é figurinha carimbada de toda dieta de longevidade no mundo.

Nicoya, Costa Rica

A península é famosa por belas praias, vida selvagem exótica e pessoas que parecem desafiar os limites da idade. Em Nicoya, cerca de 1 em cada 250 pessoas vivem até 100. Sua dieta de arroz, feijão e tortilhas pode ser vista como prejudicial aos padrões. Mas, eles podem ser ótimos para a saúde.

“Se o americano médio pudesse adicionar uma xícara de feijão por dia, isso prolongaria sua vida útil em quatro anos”, disse Buettner.

Loma Linda, Califórnia

Uma hora a oeste de Los Angeles fica Loma Linda, onde quase metade da cidade pertence à Igreja Adventista do Sétimo Dia. É o lar de uma das maiores concentrações de adventistas do sétimo dia nos Estados Unidos. Com isso, a maioria dos membros da igreja não come carne ou peixe e nunca toca em álcool ou cigarro. E eles vivem cerca de sete a 10 anos a mais que o resto dos americanos, de acordo com a pesquisa.

Assim, Em Loma Linda, comer saudavelmente faz parte da religião. Então, a dieta é inspirada na Bíblia e no Jardim do Éden e as refeições típicas dependem de feijão, nozes, aveia cozida lentamente, pão integral e leite de soja real. Também, eles bebem de seis a oito copos de água por dia, conforme prescrito pela fundadora da igreja. Da mesma maneira, os cidadãos de Loma Linda também estão sempre em movimento, fazendo caminhadas à tarde e adotando um estilo de vida rigoroso.

Porém, a localização não é o fator principal, é mais sobre hábitos; Buettner acredita que nunca é tarde para começar a viver como o povo das “zonas azuis”.

Sardenha, Itália

Estudando a Sardenha, os especialistas descobriram as características da dieta da longevidade. Assim, vivendo em uma terra isolada com um solo bastante infértil, os sardos têm vivido principalmente como pastores nos últimos séculos. Então, isso significa que a dieta sarda é baseada principalmente em queijo de ovelha alimentada com capim e leite de cabra. O primeiro é muito rico em ácidos graxos ômega-3, com o último tendo propriedades anti-inflamatórias e ajudando a reduzir o risco de doenças como Alzheimer. Além disso, eles também comem muitas frutas e vegetais caseiros, como berinjela, abobrinha, tomate e fava, ricos em vitaminas e sais minerais. Também, seu pão é livre de fermento e feito de trigo duro, fácil de levar para o pasto. Eles raramente dizem não a um bom copo de Cannonau, um vinho tinto que contém três vezes mais polifenóis do que outros vinhos.

Leia também: Dieta sarda: O que é, benefícios e como fazer

Okinawa, Japão

Originária de ilha de mesmo nome no Japão, a dieta de Okinawa é orientada pelas plantas, com a maioria dos nutrientes (incluindo carboidratos) provenientes de legumes, verduras e frutas disponíveis na região. Com isso, apenas 1% do cardápio é composto por peixe, menos de 1% composto por carnes magras e menos de 1% por leites, derivados e ovos.

Também, a batata doce é a grande protagonista nos pratos e está presente em boa parte das refeições. Já o melão amargo, ou “goya”, é considerado a fruta mais característica da gastronomia local e uma das mais saudáveis, com propriedades que foram estudadas em pesquisas sobre câncer, diabetes e sistema cardiovascular.

Leia também: Dieta de Okinawa: O que é, como fazer e benefícios

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