Dieta à base de plantas diminui riscos de derrame e doenças cardíacas

Alimentação
05 de Julho, 2021
Dieta à base de plantas diminui riscos de derrame e doenças cardíacas

As vantangens de incluir mais alimentos naturais — e evitar os industrializados — no cardápio são inúmeras. E agora, mais um estudo foi publicado para corroborar a ideia: cientistas apresentaram no fim de junho, durante a conferência Nutrition 2021 Live Online, uma pesquisa que relaciona a dieta à base de plantas (plant-based) com menores chances de derrame e doenças cardíacas.

Dieta plant-based e doenças cardíacas: Como funcionou o estudo

Para chegar à conclusão, os especialistas analisaram dados sobre alimentação e prevalência de doenças cardíacas de um levantamento feito com cinco mil pessoas durante 30 anos.

Desse modo, dois tipos de dieta (plant-based e baixa em gorduras) foram associados a níveis mais baixos de colesterol LDL (o considerado “ruim”). Mas a segunda, além disso, resultou em menores taxas de derrame e problemas cardíacos a longo prazo.

Leia também: Dieta plant-based: Benefícios que você precisa conhecer

O que é a dieta plant-based?

Uma dieta plant-based, ou à base de plantas, enfatiza frutas, verduras, legumes, grãos integrais, castanhas, sementes, laticínios com baixo teor de gordura e peixes. Por outro lado, limita o consumo de itens industrializados, carnes vermelhas, processados, guloseimas açucaradas, salgadinhos e refrigerantes.

Vale ressaltar que esse tipo de cardápio é rico em fibras, antioxidantes, vitaminas e minerais. Essa seria, portanto, uma possível explicação sobre os bons resultados da dieta plant-based com relação à saúde cardiovascular.

Ademais, reduzir os processados e industrializados é bom para o coração, uma vez que eles comprovadamente aumentam a chance de doenças cardiovasculares. Foi o que mostrou um outro trabalho de 2019, feito por pesquisadores franceses e brasileiros e publicado no British Medical Journal (BMJ).

Nele, foram selecionados mais de cem mil indivíduos com uma média de 43 anos de idade. Todos eles, então, preencheram diários alimentares durante dois anos. E as descobertas foram, no mínimo, preocupantes: um acréscimo de apenas 10% dos ultraprocessados na alimentação aumentava o risco de qualquer tipo de doença cardiovascular em 12%.

Sobre o autor

Amanda Panteri
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em alimentação saudável.

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