Dieta para hipertensão: Qual a relação dos alimentos com a pressão alta?

Alimentação
15 de Setembro, 2021
Dieta para hipertensão: Qual a relação dos alimentos com a pressão alta?

Basta uma consulta médica de rotina para o assunto ‘pressão arterial’ entrar em cena. Ela pode estar baixa, na média, ou então alta. O último diagnóstico preocupa e chama a atenção dos especialistas, já que cerca de 30% da população brasileira sofre com o problema — entre os idosos, essa taxa sobe para 60%. Nesse cenário, é muito importante destacar o papel da alimentação: uma dieta adequada é, sim, capaz de prevenir e combater a hipertensão.

No nono episódio do podcast De bem com você, da Vitat, Cris Dias bate um papo com a cardiologista Juliana Peres e a nutricionista Samanta Miraldi para esclarecer os efeitos da alimentação na pressão arterial. Não perca:

Conheça as convidadas

dieta para hipertensão

Juliana Peres é médica cardiologista e maratonista. “A hipertensão, na maioria das vezes, é uma doença assintomática. Por isso, a prevenção é essencial.”

Samanta Miraldi é nutricionista e especialista em fisiologia do exercício. “A gente costuma dizer, na nutrição, que o principal tratamento para a hipertensão é a mudança no estilo de vida.”

Quando uma pessoa pode ser considerada hipertensa?

“A pressão arterial é considerada ‘normal’ quando está em até 130/85 mmHg. Acima de 140/90 mmHg, a pessoa já é considerada hipertensa”, explica a médica. O primeiro número diz respeito à força que o coração faz para expulsar o sangue de dentro dele e levar para todos os órgãos. O segundo, por outro lado, é a pressão de ‘relaxamento’. “Se eles estão muito altos, o órgão fica sobrecarregado”, complementa.

Mas como diagnosticar a pressão alta? Você já deve ter feito um exame de medição de pressão arterial pelo menos uma vez na vida — aquele aparelhinho que aperta o seu braço. Contudo, Juliana Peres afirma que ele, isoladamente, não é capaz de diagnosticar a hipertensão.

Isso porque diversos fatores podem alterar a nossa pressão, e são considerados completamente normais. “Estar com a bexiga cheia, comer logo antes de realizar a medição e estar falando durante o processo são alguns exemplos”, ela diz. Dessa forma, o check up ideal para averiguar se você tem o problema chama-se MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial). Trata-se de um aparelhinho que você usa durante 24 horas. Nesse período, ele calcula sua pressão arterial de tempos em tempos. A média dos resultados, então, é que dirá se você sofre com a condição ou não.

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Dieta para hipertensão: Causas da pressão alta

De acordo com a cardiologista, a enfermidade é multifatorial. Ou seja, em 95% dos casos, é impossível apontar uma única causa para o problema. “A hipertensão está muito relacionada aos hábitos de vida (sedentarismo e alimentação ruim), hereditariedade e ganho de peso. Mas somente em 5% dos casos existe alguma outra doença que causa o problema”, afirma.

Além disso, o agravante é que a pressão alta é silenciosa. “Se não tratada corretamente, com o tempo ela vai prejudicando as nossas artérias, aumentando os riscos de infarto, AVC e doença renal crônica, por exemplo.”

Dieta para hipertensão: A relação da alimentação com a pressão arterial

Hábitos alimentares ruins podem desencadear e agravar o problema. Por isso, é muito importante mudá-los”, ressalta a nutricionista. Isto é, é preciso ter uma diminuição no consumo de sódio (o recomendado é apenas 5g por dia) e alimentos industrializados, embutidos e processados. “Salsicha, salame e mortadela, por exemplo, são considerados vilões”, diz Samanta Miraldi.

Por outro lado, deve-se aumentar a ingestão de itens ricos em fibras, potássio, cálcio e magnésio — presentes principalmente em frutas e verduras. “Derivados do leite, se desnatados, são ótimas opções”, complementa. Resumindo, aposte em:

  • Consumir menos sódio;
  • Reduzir a ingestão de alimentos industrializados;
  • Cortar ou diminuir drasticamente as bebidas alcoólicas do cardápio;
  • Fazer uma dieta equilibrada (e indicada por um nutricionista) que respeite a sua rotina e suas preferências alimentares;
  • Comer mais frutas, verduras e legumes (ou seja, desembalar menos, descascar mais!);
  • Parar de fumar;
  • Por fim, praticar atividades físicas com supervisão.

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Sobre o De Bem Com Você

No podcast da Vitat, Cris Dias conduz conversas descomplicadas com especialistas e convidados para você descobrir como ficar de bem com você. A cada semana (às quartas), um episódio novo será lançado. Confira os outros temas aqui!

E tem para todos os gostos: os bate-papos também ficarão disponíveis nas plataformas de áudio Spotify, Deezer, Google e Apple.

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