Depilação a laser realmente acaba com os pelos? Saiba como funciona
A depilação a laser caiu como uma luva para as pessoas que não gostam de conviver com pelos e antes tinham que usar cera, pinça ou lâmina para tirá-los.
Este procedimento, contudo, ainda gera dúvidas quanto a sua real eficácia. Afinal, a depilação a laser é uma técnica definitiva?
De acordo com Daniela Balizardo, dermatologista da Clínica Vanité, em São Paulo, esta resposta depende de uma série de fatores. Entenda!
Como o laser age na remoção dos fios?
Segundo Daniela, existem dois tipos de tecnologias para remover os pelos: o laser propriamente dito e a luz pulsada.
“Eles agem emitindo uma onda de energia específica para atuar na melanina presente na haste dos fios. Com isso, deve-se liberar uma energia suficiente para destruir o folículo deles, mas com uma difusão do calor não queime a pele vizinha”, ela explica.
“Desta maneira, para proteger a pele e evitar complicações como queimaduras e manchas, o resfriamento da pele antes, durante e após a depilação, é utilizada”, completa.
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Como saber se posso ou não fazer?
Para garantir um melhor resultado e menos risco de complicações, a seleção dos pacientes deve ser cuidadosa e orientada por um dermatologista, já que existem quadros que podem dificultar ou demandar atenção especial antes de iniciar o procedimento.
É o caso, por exemplo, de indivíduos com distúrbios hormonais que levem à hipertricose – diagnóstico que apresenta um crescimento excessivo de pelos em todo o seu corpo.
Por possuírem muitos pelos, estas pessoas podem não ter os resultados satisfatórios, além de precisarem de acompanhamentos com outras terapias.
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“Além disso, pacientes com histórico pregresso de herpes, alguma pré-disposição à queloides, uso de Isotretinoína oral e históricos de vitiligo e psoríase também devem ser bem avaliados antes de fazerem a depilação a laser”, ressalta Daniela.
Em contrapartida, o procedimento é um excelente aliado para quem sofre com problemas como foliculite ou pelos encravados.
“Na dermatologia, a depilação a laser é indicada como tratamento coadjuvante em algumas patologias, como a pseudofoliculite de barba e virilha, foliculites de nádega e coxa, presença e pelos encravados ou em pessoas que têm algum tipo de alergia a lâminas ou cremes depilatórios”, aponta a dermatologista.
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Então, o laser pode remover todos os pelos?
Daniela afirma que a depilação a laser é um método “técnico dependente, ou seja, depende do profissional que está manipulando o aparelho de depilação”. Desta forma, ele pode fazer uma depilação parcial ou total do pelo.
A depilação parcial, segundo a dermatologista, transforma o fio mais preto e grosso em mais fino e mais claro, dificultando as próximas depilações e não removendo-o por completo.
Já para uma depilação total, com resultado eficaz e permanente, é necessário que o aparelho atinja o comprimento de onda específico para a melanina daquele pelo.
Por este motivo, ela indica que o procedimento seja feito apenas por profissionais experientes, treinados e capacitados para a realização da depilação e, se possível, com o supervisionamento de um dermatologista para eventuais complicações. Isso pode fazer toda a diferença no fim do procedimento.
Vale lembrar que, pelo laser agir diretamente na melanina dos pelos, quanto mais escuro for o fio, mais energia será conduzida para este fim.
“Indivíduos loiros e ruivos, por terem menos melanina nos pelos, respondem pior ao tratamento, necessitando de um maior número de sessões. Já os pelos brancos não respondem ao laser”, complementa a profissional.
Fonte: Daniela Balizardo, dermatologista da Clínica Vanité, em São Paulo.