Fatores de risco para demência podem ser detectados em jovens

Equilíbrio
07 de Agosto, 2020
Fatores de risco para demência podem ser detectados em jovens

A demência é o declínio geral de habilidades mentais como a memória, linguagem e raciocínio. Os hábitos e comportamentos na adolescência e fase adulta podem influenciar negativamente na saúde cognitiva no futuro, de acordo com três estudos.

A pesquisa foi relatada na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC) 2020 e mostrou que a saúde do coração, índice de massa corporal e a qualidade da educação podem afetar a saúde cerebral das pessoas. Além disso, também foi descoberto que afro-americanos são duas vezes mais propensos a desenvolver essa doença.

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Doenças cardiovasculares 

A saúde do coração pode ser um grande fator para o surgimento de demência em adolescentes e jovens. Especialmente afro-americanos que, segundo o estudo, correm um maior risco de ter doenças cardiovasculares em comparação a outros grupos étnicos e raciais. 

O estudo analisou dados de mais de 700 afro-americanos adolescentes, adultos e de meia idade. Assim, os pesquisadores constataram que os participantes que tinham problemas como pressão alta e diabetes, estavam mais propensos a uma pior cognição na vida adulta.

Para ter conclusões, os pesquisadores realizaram testes de memória e funcionamento executivo e os resultados permaneceram, mesmo com a diferença de idade, sexo e anos;

Portanto, é importante tratar e prevenir esses problemas de saúde no início da adolescência.

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Índice de massa corporal (IMC)

Outro estudo analisou o índice de massa corporal (IMC) de mais de 5.000 adultos com idade entre 20 e 49 anos. Após os resultados, os pesquisadores descobriram que aqueles com o IMC alto tinham mais chances de desenvolver demência mais tarde na vida.

Desse modo, entre as mulheres, o excesso de peso na juventude aumenta o risco de demência em 1,8 vezes. Com a obesidade, o risco aumenta em 2,5 vezes em comparação às mulheres com peso normal.

Os homens com IMC muito alto, aumentava o risco de demência em 2,5 vezes. Contudo, um IMC alto na meia-idade não foi associado a um maior risco de demência.

Qualidade da educação

A qualidade da educação desempenha um papel importante em doenças cognitivas como a demência. 

Por isso, os pesquisadores deste outro estudo analisaram um grupo de mais de 2.400 mulheres e homens, negros e brancos, com 65 anos ou mais. Ademais, os participantes frequentavam a escola primária. 

O estudo acompanhou fatores como a idade obrigatória para se matricular na escola, idade mínima para o abandono escolar, a proporção de alunos e professores, além da frequência.

Nesse sentido, os participantes que não tinham uma boa qualidade de educação, demonstraram uma maior perda cognitiva quando se tornaram mais velhos, incluindo habilidades de memória e linguagem.

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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