O que é déficit calórico e como ele proporciona o emagrecimento
Quem procura emagrecer sabe que o chamado déficit calórico é o que possibilita atingir o objetivo. “Ele nada mais é do que a lógica de ingerir menos calorias do que o corpo gasta diariamente. Desse modo, há a perda de peso”, explica a nutróloga e ortomolecular Fernanda Cortez.
Tem gente, por exemplo, que utiliza o jejum intermitente (passar algumas horas do dia sem comer) para conseguir consumir menos calorias diariamente. Já outras pessoas preferem reduzir os carboidratos simples (que costumam ser calóricos) do cardápio. Ou seja, cada um escolhe o plano alimentar que considera mais adequado, mas todos usam o déficit para promover o emagrecimento.
Cuidados com o déficit calórico
Contudo, é imprescindível consultar um especialista antes de adotar o déficit calórico, uma vez que você precisa fazer escolhas inteligentes para não sofrer com a deficiência de nenhum nutriente no organismo. “Não adianta, por exemplo, ficar sem se alimentar o dia todo e depois comer um brigadeiro ou uma coxinha para não passar mal”, alerta a médica.
As suas refeições precisam conter menos calorias — mas ainda terão que ser ricas em nutrientes. “A ideia é pedir ajuda a um médico ou um nutricionista e definir qual estratégia vai ser usada. Desse modo, priorize bons alimentos, como os ricos em fibras, gorduras boas e proteínas — abacate, nozes, oleaginosas e frango. Eles dão mais saciedade.”
Além disso, uma dieta ou rotina alimentar muito restritiva dificilmente pode ser mantida a longo prazo sem gerar consequências negativas para a saúde. “O corpo começa a consumir o estoque de glicogênio (primeiro do fígado, e depois dos músculos), e isso vai diminuindo a massa muscular. A pessoa pode ter tremores, confusão mental e hipoglicemia. Em casos muito graves, pode ocorrer infarto e insuficiência cardíaca”, alerta a especialista.
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Mas como emagrecer de modo saudável?
Outras estratégias também aumentam o metabolismo sem você precisar passar fome, sabia? Praticar exercícios regularmente, fazer pequenas refeições de três em três horas e consumir alimentos termogênicos são alguns exemplos. “Beber bastante água, regular o sono e procurar um especialista também são essenciais”, finaliza Fernanda.
Fonte: Fernanda Cortez, nutróloga, ortomolecular e pós-graduada em Nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia).