Como (e por que) cuidar das articulações?

Saúde
29 de Novembro, 2021
Como (e por que) cuidar das articulações?

Com a chegada da idade, é comum percebermos que nossos joelhos, tornozelos e até punhos não têm mais a mesma mobilidade que tinham antes. Isso porque as nossas articulações envelhecem com o tempo e não conseguem executar as suas funções da mesma maneira, portanto, precisam de cuidados a mais. Mas, antes de falar sobre isso, vamos começar do começo:

O que são articulações?

“As articulações são as nossas juntas”, explica o médico reumatologista Dawton Torigoe. “É onde há uma conexão de um osso com o outro”. De acordo com o profissional, é fácil acreditarmos que as “juntas” existam só nos lugares que movimentamos (como ombros, cotovelos, tornozelos e quadril). De fato, essas são as chamadas “articulações móveis”. Mas existem também aquelas que não se movem, como as suturas do crânio. “São articulações também, mas estão quase grudadas. Cada doença acomete articulações específicas, se manifesta de uma forma diferente, mas, basicamente, toda doença reumatológica causa dor articular.”

Se pensarmos sobre as articulações móveis, é fácil perceber como elas podem sofrer lesões de diversas naturezas. Isso porque existem as traumáticas (atropelamento, por exemplo), as inflamações, e as causadas por um esforço repetitivo (como é o caso dos corredores de longa distância). “Estes últimos podem ter lesões causadas pelo peso excessivo, que gera sobrecarga nas articulações, principalmente de joelho, quadril, tornozelo e coluna”, continua.

Leia também: Alongamento: Tipos de alongamento, benefícios e como praticar

Cuidados com as articulações

Evitar questões reumatológicas não é difícil, mas exige um compromisso de longo prazo — o que, pelo lado bom, também garante mais qualidade de vida, já que a prevenção tem como objetivo evitar o desgaste das articulações. A obesidade, por exemplo, é um dos pontos de atenção quando se fala no assunto, uma vez que pode sobrecarregar as estruturas.

Fazer exercícios físicos com frequência é essencial, assim como manter uma alimentação saudável. “E isso é não só para doenças reumatológicas, mas para prevenir doenças cardiovasculares, Alzheimer e neoplasias, além de evitar a depressão e a ansiedade. Tudo o que a gente planta hoje, colhe depois”, diz o Dr. Torigoe.

É claro que uma vida saudável não impede o desenvolvimento de questões reumatológicas no futuro, no entanto, possibilita melhor qualidade de vida e pode acelerar o período de recuperação, caso necessário.

Aliás, cada doença reumatológica exige um tratamento específico, contudo, o médico explica que a área passou por uma série de avanços nos últimos 20 anos, o que garante não só métodos de diagnóstico mais precisos, como tratamentos igualmente efetivos. “Hoje, tratamos de forma muito mais incisiva e intensiva, então, a estratégia mudou. Temos um arsenal de tratamentos que avançou demais e, com isso, conseguimos devolver uma vida normal para a maioria dos nossos pacientes — desde que diagnosticados corretamente.”

Leia também: O que é treinamento funcional, como fazer e benefícios

Fonte: Dawton Torigoe, médico reumatologista.

Sobre o autor

Redação
Todos os textos assinados pela nossa equipe editorial, nutricional e educadores físicos.

Leia também:

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Pessoas com histórico de infarto têm mais risco de desenvolver outros problemas de saúde a longo prazo, como insuficiências cardíaca e renal, arritmias e até depressão,

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Problemas como insuficiências cardíaca e até depressão são mais frequentes em quem sofreu um ataque cardíaco

Bem-estar Equilíbrio Saúde

“É impossível ser feliz sozinho”: cultivar relacionamentos está entre os segredos para viver mais

Indo na direção contrária da longevidade, um estudo revelou que quase ¼ das pessoas em todo o mundo se sentem sozinhas