Creatina: Para que serve e como consumir o suplemento
Você já deve ter ouvido falar na creatina. Ela é um aminoácido naturalmente produzido pelo corpo humano, no fígado e nos rins. Entretanto, se popularizou como um suplemento alimentar, pois ajuda a aumentar a energia dos músculos, aumentando a resistência e dificultando que eles entrem em estado de fadiga rapidamente. O suplemento também atua na formação de fibras musculares, o que auxilia o ganho de massa magra.
Creatina: Para que serve e como age no organismo
Além de ser produzida pelo corpo, ela é também encontrada em alimentos de origem animal – carnes, peixes, frutos do mar, leite e seus derivados. No organismo, ela é armazenada principalmente nos músculos e nos ossos, mas também no coração, cérebro e testículos.
É uma excelente fonte de energia
A suplementação de creatina é atraente para quem pratica exercícios justamente por ser um aminoácido que rende muita energia para o corpo. Basicamente, uma de suas funções é regenerar o ATP – sigla usada para indicar a molécula de adenosina trifosfato, molécula que constitui a principal forma de energia química do organismo.
Em razão disso, a suplementação desse aminoácido pode ajudar no ganho de massa magra (hipertrofia), pois provoca o aumento da resistência durante o treino. Ou seja, ajuda no aumento de força e de potência, além de dificultar a fadiga muscular. Entretanto, é preciso lembrar que a suplementação isolada de creatina não será responsável pelo ganho de massa muscular, surtindo efeito apenas quanto aliada a uma rotina consistente de treino e uma dieta equilibrada e rica em proteínas.
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Pode ajudar a proteger a saúde do cérebro
Um estudo desenvolvido por cientistas da ala pediátrica da Universidade de Helsinque, na Finlândia, apontou que a suplementação de creatina pode ser usada como forma de tratamento para uma doença chamada atrofia girata de coroide e retina. Essa condição é genética e há apenas cerca de 100 casos registrados ao redor do mundo. A incidência dessa doença é maior na Finlândia, onde o estudo foi desenvolvido. Porém, também há registros de casos no Brasil, como demonstrado em um relato publicado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP).
Em resumo, em casos de atrofia girata ou giratória de coroide e retina há alta concentração de ornitina, um aminoácido também disponível na forma de suplementação e que está diretamente ligado à mobilização de gorduras no corpo e ao sistema imunológico. Ele dificulta a síntese de creatina no organismo e, como consequência, pode provocar a sua deficiência. A deficiência de creatina pode causar piora neurocognitiva. Sendo assim, a suplementação ajudaria a normalizar os níveis presentes no cérebro.
Possíveis efeitos colaterais da suplementação
- Pode provocar o acúmulo de fluidos no organismo, ou seja, a retenção de líquido
- É possível que provoque problemas gastrointestinais, como dores de estômago, diarreia e náuseas
- Câimbra
Tipos de creatina
- Monohidratada: A primeira a ser produzida e mais acessível. Basicamente, é composta por creatina e água apenas, é pouco solúvel e pode levar mais tempo para ser absorvida pelo corpo, entretanto, é apontada como a mais eficaz das creatinas
- Micronizada: Essa é uma diferente versão da monihidratada, pois suas moléculas são divididas em porções menores, o que facilita sua absorção no corpo
- Etil ester: Nessa versão, as moléculas estão ligadas à um éster, o que supostamente torna sua absorção ainda mais rápida. Seu processo de produção é o mais complexo
- Em soro: Essa versão em forma líquida é controversa e costuma ser misturada com vitaminas e outros aminoácidos
Contraindicações
A suplementação desse aminoácido é contra-indica para crianças e gestantes. Em todo caso, é recomendado consultar um médico de confiança antes de fazer uso de qualquer suplemento.