Congestão nasal: saiba as causas e como evitar
A congestão nasal, ou o famoso nariz entupido, é um sintoma que aparece quando estamos resfriados, gripados, com algum outro tipo de infecção ou alergia. Embora a secreção em si não seja nociva, é desagradável pois o nariz escorre com frequência e impede o fluxo da respiração.
Veja também: Gripe na gravidez: veja os riscos e saiba se cuidar
Causas da congestão nasal
Provavelmente seu nariz já deve ter entupido com a mudança brusca de temperatura, ou depois de tomar chuva. A congestão nasal é uma resposta inflamatória do organismo a estímulos externos, como mudanças climáticas e exposição a condições adversas, mas existem outras causas. Por exemplo, uma infecção viral ou bacteriana é o suficiente para o entupimento das fossas nasais, que podem ficar nesse estado por alguns dias, até que a enfermidade melhore. Além disso, rinite causada por algum fator, como pelos de animais, ácaros, pólen e até alguns alimentos podem desencadear os espirros e a congestão nasal.
Contudo, existem outras razões para a congestão nasal recorrente, ligadas à estrutura das vias respiratórias. Um caso bem comum para o nariz entupido é o desvio de septo, que pode ser corrigido com cirurgia funcional. Os resultados geralmente são eficazes e melhoram a qualidade da respiração, inclusive para dormir.
Sintomas e tratamento
O principal sintoma é a dificuldade em respirar pelo nariz que pode estar acompanhada de outros desconfortos, tais como febre e dor muscular, caso se trate de infecções como a gripe. É importante observar a duração dos desconfortos, pois se os incômodos persistirem por mais de três ou quatro dias, é preciso procurar ajuda médica.
Outros sinais importantes são a cor e a densidade da coriza: se a coloração for amarelada ou esverdeada, com aspecto mais firme do que viscoso, pode ser infecção bacteriana. Em caso afirmativo, o médico irá prescrever antibióticos para combater o problema.
Faz mal usar muito descongestionante nasal?
Só quem convive com a congestão nasal sabe que o problema atrapalha a qualidade de vida. Para amenizar o quadro, uma das alternativas mais rápidas é o uso do descongestionante nasal, sobre o qual paira uma dúvida: seu uso frequente faz mal?
De acordo com Cleonice Hitomi Watashi Hirata, otorrinolaringologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, as substâncias vasoconstritoras dos descongestionantes contraem os vasos e provocam a diminuição do fluxo sanguíneo na região. A ação reduz o inchaço da mucosa e facilita a passagem do ar.
Esse alívio temporário traz benefícios em algumas situações. “O uso tópico pode ser administrado em quadros pós-operatórios quando há processo inflamatório e em infecções agudas de rinites e sinusites infecciosas”, explica.
Entretanto, segundo Watashi, o uso contínuo do descongestionante nasal cria dependência, aumentando a quantidade de aplicações ao longo do tempo. O efeito rebote pode causar em uma rinite medicamentosa. Por isso, evite a automedicação e consulte o médico para avaliar contraindicações e fatores de risco.
Leia mais: Agende sua vacina contra a gripe
Fonte: Cleonice Hitomi Watashi Hirata, otorrinolaringologista do Hospital Edmundo Vasconcelos; e Rede D’Or São Luiz.