Comer alimentos vencidos faz mal?
Quando se trata do consumo de alimentos vencidos, existem dois tipos de pessoas: aquelas que nem pensam em abrir o produto e já o jogam na lata de lixo; e as que abrem, avaliam a textura e o cheiro da comida e mandam para dentro se estiver tudo ok. Se identificou com alguma das situações? Entenda quem está mais correto:
Como funciona o prazo de validade no Brasil
No país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão que coloca ordem nas coisas. Os padrões de controle são bem rígidos, e exigem que os fabricantes deem um prazo seguro para a ingestão de alimentos e bebidas. Quando a data estipulada na embalagem é ultrapassada, é proibido por lei (Lei 8.137/90) que restaurantes, supermercados e comércios vendam o produto.
A data de validade é calculada por meio de testes extremamente rigorosos — desse modo, cada tipo de alimento tem que passar por um exame diferente. Além disso, o prazo começa a contar assim que o produto é produzido (ainda na fábrica) e vai até o momento em que ele é aberto pelo consumidor.
Ou seja, depois de aberto, ele provavelmente durará menos do que o escrito no rótulo da caixa (ou do saquinho), dependendo dos ingredientes em questão. Por lei, a empresa também tem que sugerir um período que ainda dá para comer depois da abertura.
Por fim, as organizações precisam seguir outro critério que é ainda mais importante do que o prazo de validade: a conservação e o transporte corretos. Isso porque não é incomum nos depararmos com algo que está dentro da data, mas já estragou.
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Afinal, comer ou não comer alimentos vencidos?
O prazo de validade geralmente possui uma folga por questões de segurança. Então, pode ser que não faça mal ingerir aquele item que passou um dia depois do indicado (mas nada é garantido, viu?). Contudo, isso vale apenas para alimentos não perecíveis — como arroz e feijão crus, chocolates, biscoitos e óleo. No caso dos perecíveis, por outro lado, o ideal mesmo é respeitar a data de corte.
Isso porque, por mais que um ingrediente pareça intacto, pode haver o surgimento de bactérias e fungos prejudiciais ao corpo humano nele. O que pode causar, por sua vez, intoxicações alimentares e parasitoses. Maionese, peixe, frango, leite, carne e pão de forma são exemplos que não devem ser ingeridos.
Para evitar o desperdício, conserve bem seus alimentos (de acordo com as instruções da embalagem) e faça compras semanais pensando no consumo da casa e evitando estocar muitos itens na cozinha.