Vontade de comer à noite? Dicas para controlar a fome noturna
Cada pessoa tem uma rotina diferente, que resulta de seus hábitos e também de seus afazeres. Isso vale também quando o assunto é alimentação. As principais refeições são café da manhã, almoço e jantar, porém, os hábitos alimentares podem ser bem diversos. Isso porque são um reflexo não apenas de necessidades fisiológicas, mas também de fatores externos, inclusive escolhas e preferências individuais. E todo esse conjunto determina os horários e o ritmo da alimentação ao longo do dia. Quando a vida fica corrida e cheia de compromissos, muita gente deixa de se alimentar de forma apropriada durante o dia, deixando para fazer uma espécie de compensação ao comer à noite.
Além disso, há quem sinta mais fome nesse período ou até mesmo levante da cama para fazer uma boquinha de madrugada. Apesar de parecerem inofensivas, a fome noturna pode ocasionar ganho de peso e até mesmo comprometer a saúde do organismo.
“A fome noturna normalmente está mais relacionada à ingestão inadequada/insuficiente de alimentos durante o dia, ou por esse comportamento já ter virado um hábito na rotina da pessoa. Também tem relação com ansiedade, estresse ou noites mal dormidas”, explica Cintia Correia de Sousa, nutricionista da Vibe Saúde. Aliás, se o corpo descansa menos do que precisa, produz menos melatonina (hormônio do sono), afetando o controle da fome.
Comer à noite engorda?
Segundo a nutricionista, comer à noite não significa, necessariamente, quilos a mais. Afinal, o que conta mesmo para engordar é ingerir mais calorias do que se gasta. No entanto, se, nesse momento, “o consumo for acima do restante do dia, a tendência é que, ao longo de repetidas vezes, exista aumento de peso”.
O ideal, então, é que as calorias sejam bem distribuídas ao longo do dia, assim a fome é melhor controlada e o consumo da noite não interfere de forma negativa, ficando dentro do planejado também.
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Será que é fome mesmo?
Outro ponto interessante a se observar é se a vontade de comer que surge à noite ou de madrugada é mesmo fome. Por isso, fique atento aos sinais:
- Fome fisiológica – estômago roncando, dor de cabeça, dificuldade de concentração e irritabilidade. “É uma fome que passa com a ingestão de qualquer alimento. Fome não específica”, diz Cintia.
- Vontade de comer – é um tipo de fome específica e que não traz sintomas físicos, como a anterior. “É uma fome que tem seus altos e baixos (some e volta repentinamente) e é amenizada/sanada por pequenas quantidades.”
- Fome emocional – está ligada a emoções ou dietas restritivas. “É uma fome específica também, mas ela oscila (começa forte, mantém ou aumenta). Normalmente associada a episódios de exagero e caracteriza o comer compusivo”, esclarece.
- Compulsão alimentar – doença diagnosticada por médicos, caracterizada por episódios de consumo alimentar exagerado, em geral associados à culpa e não necessariamente a episódios compensatórios.
Identificou que está com fome de verdade? Então aposte em boas fontes de alimentos para a noite e faça escolhas mais leves, que não exijam tanto da digestão. “Frutas e cereais são boas opções”, indica a especialista.
Truques para controlar a fome noturna
- Consumir fibras durante o dia, investindo em alimentos básicos como arroz, feijão, legumes cozidos, frutas e cereais;
- Ter uma boa ingestão de água ao longo de todo o dia;
- Ingerir quantidades adequadas de proteínas dia, sempre incluindo uma fonte a cada refeição;
- Além disso, ficar de olho nas quantidades adequadas de calorias por refeição. O fracionamento é individual e deve ser feito por um nutricionista;
- Mastigar mais os alimentos durante as refeições para promover saciedade ao corpo;
- Por fim, evitar a troca de refeições sólidas por líquidas, pois as refeições líquidas não promovem sensação de saciedade e, consequentemente, trazem menor controle da fome.
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