Colestase gestacional: saiba o que é, sintomas e tratamento
A colestase intra-hepática da gravidez, também conhecida como colestase da gestacional, se caracteriza pelo aumento dos níveis de bilirrubina no sangue e é causada pela obstrução dos ductos biliares dentro do fígado.
A doença, que atinge, aproximadamente, 1% das mamães, surge no último trimestre de gestação e causa coceira intensa, perda de apetite, urina escura e fezes claras. Mas a complicação maior é em relação ao bebê, que pode desenvolver problemas respiratórios e também nascer prematuro.
A colestase impede que a bile produzida no fígado participe do processo de digestão de gordura no intestino. A situação melhora com o nascimento do bebê, mas a mulher deve continuar acompanhando o funcionamento do fígado até 3 meses após o parto.
A causa ainda é desconhecida, mas o histórico familiar, alterações hormonais e problemas anteriores no fígado podem contribuir para o surgimento da doença.
Sintomas e diagnóstico de colestase da gestacional
A coceira intensa em todo corpo é o principal incômodo causado pela doença, mas a combinação de outros sintomas pode revelar a colestase:
- Gordura nas fezes
- Fezes claras
- Urina escura
- Cansaço
- Pele e olhos amarelados
- Náuseas
- Falta de apetites
Dessa maneira, o médico faz o diagnóstico com base no histórico clínico e através de exames que avaliam o funcionamento do fígado, como os níveis de ácidos biliares no sangue e enzimas hepáticas TGO e TGP.
Tratamento
O acompanhamento médico deve focar no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações para o bebê. Assim, o profissional pode prescrever medicamentos para diminuir a bile, suplementos vitamínicos, além de cremes corporais para aliviar a coceira intensa em todo o corpo.
Já o bebê precisa ser monitorado para acompanhamento dos batimentos cardíacos, respiração, movimentos e líquido amniótico. Além disso, o parto pode até ser induzido antes da hora pelo obstetra para evitar que a situação da criança se agrave ainda mais.
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