Citomegalovírus: o que é, sintomas, causas e tratamento
Sem sintomas aparentes, algumas doenças podem afetar o corpo de forma silenciosa, mas nem por isso deixam de ser fatais. É o caso do citomegalovírus, que também é denominado pela sigla CMV.
Assim, muitas vezes, ele acaba sendo confundido com o vírus da herpes. Mas apesar de fazer parte da mesma família desse invasor, os sintomas e consequências são bem distintos.
Dessa maneira, o citomegalovírus, assim como todo vírus, entra no organismo como uma infecção. De forma latente, ele faz com que o mecanismo de defesa, ou seja, o nosso sistema imunológico, seja capaz de controlar o vírus, porém, não o elimina completamente.
Transmissão
O CMV está presente em todos os grupos de pessoas, mas geralmente, de forma latente. Ou seja, provavelmente ao fazer um exame, ele será identificado, mas sem apresentar infecções. Sendo assim, ele é transmitido por contato de diferentes formas, incluindo:
- Sangue
- Saliva
- Urina
- Sêmen
- Leite Materno
Contudo, é importante ressaltar que as transmissões mais comuns incluem a contaminação por transfusão de sangue e o aleitamento materno de mãe para filho.
Sintomas do citomegalovírus
Em pacientes com imunidade normal, a infecção geralmente não causa nenhum sintoma. Porém, quando o vírus se ativa (assim como na herpes, não há explicação para essa ativação), as reações do corpo podem incluir febre, dor de garganta, fadiga, dores musculares e aumento dos gânglios.
Por outro lado, em pacientes com imunidade reduzida, o CMV se manifesta com os mesmos sintomas citados, além de vermelhidão por toda a pele, conhecida como eritrodermia. Além disso, nos casos mais severos, o vírus pode vir acompanhado de complicações do fígado, pulmão, olhos, coração e sistema nervoso.
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Diagnóstico
Para saber se o citomegalovírus está ativo, o diagnóstico deve ser feito por um médico por meio de suspeita clínica ao examinar o paciente. Depois, ele é confirmado pela presença do vírus no sangue por meio dos seguintes exames:
- Sorologia: detecta anticorpos contra o vírus que são do tipo IgM ou IgG. A IgM está presente somente na fase aguda da infecção e o IgG também aparece na fase aguda, porém, persiste por toda a vida.
- Antigenemia para CMV: detecta proteínas especificas do vírus dentro das células do sangue.
- PCR: detecta a presença do gene do vírus na amostra. É indicado em pacientes com risco elevado de infecções graves para diagnosticar a doença e monitorizar a resposta ao tratamento.
- Histopatologia: a biopsia da pele é feita quando o paciente apresentar acometimento ou análise do material com suspeita da infecção.
Tratamento e prevenção do citomegalovírus
Em pessoas sem alterações do sistema imunológico, o tratamento é administrado somente para controlar os sintomas, incluindo analgésicos e antitérmicos. Naqueles com o sistema imunológico alterado ou com CMV congênito, são utilizados medicamentos específicos antivirais como valganciclovir, ganciclovir, cidofovir e foscarnete.
Essas medicações não curam a infecção, mas atrasam a progressão da doença. E para prevenir a propagação do vírus, é importante:
- Lavar bem as mãos com água e sabão, especialmente após contato com fraldas e secreções orais ou nasais;
- Evitar beijar crianças abaixo de 6 anos na boca ou bochechas;
- Não compartilhar comidas, bebidas ou utensílios orais (como colher, garfo, copo) antes de lavar;
- Limpar qualquer superfície que tenha tido contato com urina ou saliva de crianças.
Fonte: Dra. Catalina Gavilanez, Dermatologista da Clínica Carvalho Concept