Cisto sebáceo: o que é, como identificar e tratamento

Saúde
13 de Junho, 2022
Vanessa Fontes Losano Reis
Revisado por
Nutricionista • CRN 34283
Cisto sebáceo: o que é, como identificar e tratamento

O cisto sebáceo – também chamado de cisto epidérmico – consiste em nódulos semelhantes a um de caroço, que se forma sob a pele, com a mesma cor da nossa derme. Assim, eles também são considerados os cistos cutâneos mais comuns e benignos.

De acordo com a Dra. Daniela Bellucci, dermatologista e pós-graduada em medicina estética, os cistos sebáceos podem surgir em pessoas de qualquer idade. Geralmente, são macios ao toque, não provocam dor e se movem quando tocados ou pressionados.

Em quais regiões do corpo pode aparecer cisto sebáceo?

A dermatologista informa que esse tipo de cisto pode ocorrer em qualquer parte da pele, inclusive áreas com pelos e couro cabeludo. “São mais comuns na face, pescoço e parte superior do tronco — isso porque as glândulas sebáceas são mais numerosas e ativas nessas regiões”, informa. 

Portanto, os cistos sebáceos são benignos (não cancerígenos), e muito comuns, podendo ser encontrados em indivíduos de ambos os sexos e em qualquer parte do corpo.

Quais as causas do cisto sebáceo?

De acordo com a Dra. Daniela Bellucci, o cisto sebáceo é formado por um canal da glândula sebácea que fica obstruído. Assim, forma secreção internamente, provocando a formação e o aparecimento do nódulo.

Dessa forma, existem alguns motivos que levam as células de pele a se comportar de forma diferente do esperado, causando a formação desse tipo de cisto. 

As causas são diversas e em sua maioria, naturais e inevitáveis. Portanto, saiba algumas delas:

  • Cravos;
  • Acne vulgar;
  • Doenças inflamatórias;
  • Problemas congênitos;
  • Ruptura de glândula sebácea;
  • Problemas nos folículos pilosos;
  • Traumas na pele, como cortes ou feridas.

Sintomas

Os cistos sebáceos são palpáveis na pele, de consistência variável, bem delimitado, e podem apresentar um ponto central: o orifício pilossebáceo obstruído — quando é comprimido, elimina material queratinoso, de odor fétido.

“Não há outros sintomas, exceto se ocorrer uma inflamação secundária, quando, então, pode apresentar dor”, esclarece a dermatologista. 

Sendo assim, quando esses cistos se inflamam ou infeccionam, podem ficar doloridos, quentes, vermelhos e sofrer saída de secreção purulenta. 

“É um nódulo de tamanho variável, desde milímetros até diversos centímetros de diâmetro, geralmente de 1 a 5 centímetros, móvel em relação à profundidade da pele, único ou múltiplo”, avisa a especialista.

Portanto, confira nossa lista de características básicas para facilitar a identificação desse tipo de cisto: 

  • Nódulo pequeno;
  • Arredondados;
  • Podem ser movidos com os dedos;
  • Ao apresentar diferenças da coloração da pele, sua cor fica branca ou amarelada;
  • Seu tamanho varia de poucos milímetros até 6 centímetros de diâmetro.

Além disso, é importante lembrar que o surgimento de caroço na pele pode ser cisto: “por isso é necessário avaliar as características e procurar um diagnóstico médico”, indica a dermatologista. 

Fatores de risco

A Dra. Daniela Bellucci ressalta que cistos sebáceos são raros em crianças, mais comuns em adultos e acometendo ambos os sexos.

Contudo, existem alguns fatores de risco que podem levar ao aparecimento de um cisto sebáceo na pele. São eles: 

  • Excesso de exposição ao sol;
  • Algumas doenças genéticas raras;
  • Período da vida entre o fim da puberdade e a menopausa;
  • Traumas ou lesões da pele causadas por pancadas que possam gerar a formação do nódulo.

Diagnóstico

Segundo a dermatologista, a melhor forma de comprovar a existência de um cisto sebáceo benigno é através da detecção de exame clínico.

“Se caso houver dúvida do diagnóstico, então deve ser realizado um ultrassom ou uma tomografia”, solicita a Dra. Daniela Bellucci.

Apesar dos exames médicos serem as únicas formas de confirmar o diagnóstico, existem alguns sinais que devem ser observados pelos pacientes: 

  • Histórico de acne;
  • Incômodos estéticos;
  • Aparecimento de nódulos;
  • Histórico familiar de cistos;
  • Lesões cutâneas recentes;
  • Desconforto causado pelos cistos;
  • Surgimento dos primeiros sintomas.

Leia também: Quais são as diferenças entre cisto e nódulo na mama?

Quais os tratamentos para o cisto sebáceo?

Mesmo que na grande maioria dos casos, os tratamentos não são necessários. Isso porque não há prejuízos à saúde ou à qualidade de vida dos pacientes.

No entanto, em casos onde o paciente se sente desconfortável com a presença do cisto, existem algumas formas de remover o cisto sebáceo, como o procedimento cirúrgico.

Seja pelo aspecto estético, por cistos que medem mais de 1 centímetro ou por inflamações e dores, o tratamento para remoção do cisto pode ser feito através de uma cirurgia simples. 

Existem outros tipos de tratamentos menos invasivos que a cirurgia, como a drenagem e as injeções de corticosteroides. 

Como é feita a cirurgia da remoção do cisto sebáceo?

De acordo com a especialista em cuidados com a pele, a cirurgia da remoção do cisto sebáceo de até 1 centímetro precisa de anestesia local e pequena incisão, seguida de espremeção para eliminar a cápsula: “em cistos maiores é preciso realizar a retirada cirúrgica da lesão com a cápsula”, diferencia.

A dermatologista lembra também que se houver infecção no cisto sebáceo, é preciso realizar uma drenagem da secreção: “assim, quando melhorar a inflamação, pode-se iniciar a cirurgia para retirar o cisto totalmente”, orienta.

Cisto sebáceo tem cura?

Dificilmente o cisto pode ir embora sozinho definitivamente, sem a necessidade de tratamento para remoção ou destruição da sua cápsula. Assim, existem casos em que os cistos podem desaparecer e voltar com o tempo. 

Por isso, a melhor forma de acabar com o cisto sebáceo é a realização da cirurgia. “Após a cirurgia, o paciente fica curado, mas isso não impede o surgimento de novos cistos”, finaliza a especialista.

Fonte: Dra. Daniela Bellucci, dermatologista e pós-graduada em medicina estética.

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