Como o cérebro reage às notificações do celular

Equilíbrio
19 de Novembro, 2019
Como o cérebro reage às notificações do celular

Seja uma vibração, um sino ou um toque, o fato de receber notificações do celular pode ser bastante emocionante. Apesar de não saber o que esperar nos breves segundos que se leva para olhar para a tela, sabemos que as notificações estimulam algum tipo de sensação. Mas, conhecemos exatamente como elas afetam o cérebro?

Não seria exagero dizer que as notificações de smartphones afetam seu cérebro diariamente. Segundo uma análise feita pelo psicólogo e professor Sanam Hafeez, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, a notificação é capaz de enviar excitação para as terminações nervosas cerebrais. Elas podem provocar ansiedade, estresse e, no mínimo, hipervigilância semelhante a que se destina a proteger-se de predadores.

O que dizem os especialistas

De acordo com o psicólogo, os alertas dos telefones desligam o córtex pré-frontal que regula as funções cognitivas de nível superior. Tal desligamento força o cérebro a enviar sinais de emergência ao corpo.

Isso significa que toda vez que você recebe uma notificação, seu corpo fica com pressa, mas não necessariamente no sentido bom da palavra. 

Você pode não acreditar que as notificações do celular sejam tão prejudiciais, mas, geralmente, ignoramos o quanto sentimos desejo de verificá-las assim que as recebemos. Você pode estar dirigindo, mas a vontade de olhar para o telefone e ler o texto é avassaladora. O coração pode acelerar e o corpo parece que está pegando fogo, tudo porque você não sabe se o alerta será bom ou ruim. 

Ainda segundo o professor, as notificações podem interromper a condução e outras tarefas diárias que exigem nossa total atenção, aumentando riscos de acidentes, por exemplo. 

Mas, se receber esses alertas é tão estressante e arriscado, por que gostamos tanto deles? A pesquisa explica que um centro de recompensa é ativado sempre que enviamos mensagens de texto ou recebemos avisos. É semelhante a se sentir satisfeito, seja por ganhar uma aposta ou comer um bolo de chocolate. O cérebro não diferencia de onde vem a recompensa, mas a dopamina desencadeada reforça o comportamento da mesma maneira.

Como contornar 

Não há problema em verificar o telefone, mas reconhecer os efeitos que isso pode ter no cérebro é um passo importante para aprender a definir limites para si mesmo.

Tudo é melhor com moderação. Portanto, caso sinta que as notificações podem estar estressando ou sobrecarregando você, faça uma pequena pausa. O cérebro agradece.

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