Candidíase: conheça as causas, sintomas e tratamentos

Saúde
19 de Abril, 2022
Candidíase: conheça as causas, sintomas e tratamentos

A candidíase ocorre por um desequilíbrio na flora vaginal, propiciando a proliferação exacerbada da Cândida. Trata-se de um fungo saprófito, isto é, que já habita, normalmente, o organismo. Uma de suas principais causas da doença é o enfraquecimento do sistema imunológico. Conheça outras causas, além dos sintomas e tratamentos. 

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Tipos de candidíase

O principal agente causador da candidíase é a Cândida albincas, que se encontra em 90% das mulheres. Esse tipo é o mais fácil de tratar, pois são menos resistentes ao antifúngicos. 

Vale lembrar que a candidíase não ocorre apenas na região vulvovaginal. A doença também pode ocorrer na região oral ou esofagiana, principalmente em pacientes hospitalizados e imunossuprimidos. 

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As causas da candidíase

As causas da candidíase são multifatoriais. Os principais fatores de risco são:

Outro hábito que também contribui para o desenvolvimento do fungo é bem conhecido: lavar a calcinha no chuveiro, já que a roupa íntima fica mais suscetível à fungos e bactérias. Por fim, outra causa é o uso de sabonete sem o Ph certo (4,5) ou antibactericida, pois alteram o pH vaginal, predispondo ao aparecimento da candidíase.

Sintomas

Os sintomas de candidíase incluem, sobretudo, coceira intensa na região genital, geralmente acompanhada de vermelhidão, inchaço e um corrimento branco, similar à uma coalhada seca. Esse corrimento pode ficar mais amarelado ou esverdeado ao longo dos dias. Além disso, a candidíase também pode causar dor na hora da relação sexual e para urinar.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito pelo exame papanicolau, em que o especialista verá uma mucosa avermelhada com um corrimento tipo “leite talhado”. Nos casos de candidíase recorrente, geralmente, o ginecologista coleta uma pequena amostra do corrimento. Assim, é importante identificar o tipo de cândida para fazer o tratamento adequado.

Tratamento

A princípio, o tratamento da cândida albicans é feito com antifúngico, como cremes vaginais ou medicamento oral. Além disso, é necessário o acompanhamento de uma equipe multiprofissional. Assim, o primeiro passo é a mudança no estilo de vida. Para isso, deve-se ter um acompanhamento nutricional, fazer atividades físicas, meditação (para alívio do estresse), acompanhamento psicológico (pois a candidíase pode causar problemas psicológicos). Nos casos mais complicados, em que há dor na relação, a fisioterapia pélvica pode ajudar.

Anestésicos tópicos também podem ajudar no alívio dos sintomas, bem como outros tratamentos alternativos, como óleos essenciais, uso da cromoterapia (como o led intravaginal) e a imunoterapia (vacina). A automedicação é contraindicada, pois pode tornar a doença mais resistente e recorrente. Por isso, procure sempre um ginecologista. 

Por fim, se não tratada, as complicações são distúrbios psicológicos, como ansiedade e depressão; dor durante a relação sexual; vaginismo ou candidíase recorrente.

Mudanças no estilo de vida

Existem algumas medidas no estilo de vida que contribuem na prevenção da candidíase: 

  • Utilizar roupa íntima, preferencialmente, de algodão. 
  • Lavar a região genital só com água ou sabonete que tenha pH neutro ou mais próximo da vagina, que é de 4,5. 
  • Dormir sem calcinha, deixando a região respirar.
  • Evitar o uso de absorvente interno durante longos períodos.
  • A alimentação é fundamental para o bom funcionamento do organismo e equilíbrio da flora vaginal. Por isso, evite o excesso de açúcar e carboidratos, pois o fungo se alimenta deles.

Geralmente, a candidíase de repetição surge por conta de hábitos inadequados. Por isso, o ideal é fazer essas mudanças no estilo de vida para não ter recorrência da doença o tempo todo.

Afinal, a candidíase tem cura? 

Sim, embora seja um trabalho árduo. Porém, o tratamento individualizado e integral consegue manter o equilíbrio da flora vaginal, fazendo com que a candidíase desapareça. A Cândida, no entanto, sempre continuará na nossa flora, mas não de forma exacerbada. 

Leia mais: Dieta para candidíase: Alimentos que combatem a infecção

Fonte: Dra. Erika Kawano Machado Ferreira, Ginecologia, Obstetrícia e Mastologista da Clínica Mantelli e Dra. Juliana Ramundo, ginecologista da Gestar, plataforma materno-infantil.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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