Câncer de colo de útero: O que é, diagnóstico e tratamento

Saúde
26 de Novembro, 2021
Câncer de colo de útero: O que é, diagnóstico e tratamento

O câncer de colo de útero costuma ser diagnosticado no exame preventivo de rotina. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), este tipo de câncer é o terceiro tipo mais comum de neoplasia entre mulheres e a quarta maior causa de morte por câncer no Brasil. Sua incidência é estimada em mais de 16 mil casos por ano. 

Especialistas alertam que quanto mais precoce o diagnóstico, maior é a chance de cura, menos agressivo será o tratamento e menos sequelas ele vai deixar. Dessa forma, a detecção precoce da condição é feita de forma simples, por meio do exame preventivo de Papanicolau.

O ginecologista, obstetra e diretor médico da Maternidade Brasília, Evandro Oliveira, explica que o câncer do colo do útero é uma decorrência da infecção causada por alguns tipos de Papilomavírus Humano (HPV).  “A maior parte dos casos de infecção por esse vírus não causa a doença. No entanto, os tipos oncogênicos do vírus provocam alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Mas a boa notícia é que essas alterações podem ser descobertas com bastante facilidade por meio do preventivo (exame de Papanicolau)”, alerta o médico. 

Sintomas e causas

Também conhecido como câncer cervical, esse tipo de tumor se desenvolve de forma lenta e, normalmente, não apresenta sinais em sua fase inicial. Contudo, em casos mais avançados, o principal sintoma da doença é o sangramento vaginal acompanhado de mau cheiro, inclusive após a relação sexual.

“É uma doença de caráter progressivo e praticamente assintomática no início, mas depois que os sintomas começam, se define como uma doença avançada. Ela acomete primeiro o colo do útero, a região anatômica do órgão que fica em contato com a vagina. Se houver metástase – quando o câncer se dissemina além do local onde se originou –, ela pode atingir a vagina, a bexiga e o reto, que são locais próximos ao útero. Além dos pulmões, o intestino, o cérebro e os ossos, o que caracteriza a metástase à distância”, explica o Dr. Evandro Oliveira.  

Leia também: Vacina do HPV: quem pode tomar e outras dúvidas sobre o vírus

Tratamento e prevenção para câncer de colo de útero

Além da realização do exame preventivo anual, existem outras formas de evitar a doença. A prevenção primária inclui evitar o contágio com o HPV, que ocorre por meio de relações sexuais sem proteção. “A utilização de preservativos previne todas as infecções sexualmente transmissíveis (IST). Assim, as formas de prevenção desse tipo de câncer são duas: pela realização do exame de Papanicolau anualmente por mulheres sexualmente ativas e pela vacinação contra o HPV”, pontua o ginecologista. 

O tratamento da doença é indicado de acordo com a avaliação do médico e leva em consideração as características da doença, por exemplo, evolução, estágio, tamanho do tumor e idade da paciente. Sendo assim, entre as opções de tratamento estão a cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Por fim, o ginecologista reitera que quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura e maior a possibilidade de manter a fertilidade.

Fonte: Evandro Oliveira, ginecologista, obstetra e diretor médico da Maternidade Brasília.

Sobre o autor

Redação
Todos os textos assinados pela nossa equipe editorial, nutricional e educadores físicos.

Leia também:

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Pessoas com histórico de infarto têm mais risco de desenvolver outros problemas de saúde a longo prazo, como insuficiências cardíaca e renal, arritmias e até depressão,

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Problemas como insuficiências cardíaca e até depressão são mais frequentes em quem sofreu um ataque cardíaco

Bem-estar Equilíbrio Saúde

“É impossível ser feliz sozinho”: cultivar relacionamentos está entre os segredos para viver mais

Indo na direção contrária da longevidade, um estudo revelou que quase ¼ das pessoas em todo o mundo se sentem sozinhas