Body Positive: o que é e quais são os benefícios

A busca pela aparência perfeita sempre foi um empecilho na vida das mulheres. Diante disso, tornou-se comum ouvir alguma mulher falando em uma roda de conversa que não está satisfeita com seu corpo. Principalmente em relação a celulite, estria e gordurinhas a mais. Para reverter esse quadro, surgiu o Body Positive.

O Body Positive, que com uma tradução literal significa “corpo positivo”, é um movimento feminista que surgiu no ano de 1970. Com o intuito de ir contra a discriminação a pessoas obesas, transexuais ou deficientes para que essas pessoas possam ser aceitas pela sociedade e se livrem de suas complexidades.

Sendo assim, trabalha a autoestima e insegurança, fazendo com que as pessoas se sintam mais confiantes, promovendo uma relação saudável entre elas e seus corpos. 

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Hoje em dia, as redes sociais são o que mais influencia na imagem que as mulheres têm sobre si mesmas. Pois as celebridades e influenciadores digitais estão sempre postando imagens de seus corpos “perfeitos” e idealizados pela sociedade. O que acaba afetando de certa forma pessoas mais vulneráveis, que possuem a autoestima baixa. 

“Não devemos fazer comparações de nossas vidas com as de outras pessoas, principalmente em redes sociais. As pessoas postam conteúdos que nem sempre são verdadeiros e não podemos nos basear na vida dos outros para organizar a nossa própria vida. O importante é se aceitar e refletir para sempre melhorar o que nos incomoda e não ficarmos parados olhando o que gostaríamos de ter ou fazer.” diz a Dra. Priscila Gasparani Fernandes, psicanalista e neuropsicóloga pela USP.

Quais são os benefícios desse movimento?

Segundo a psicanalista, os principais benefícios do Body Positive estão ligados à imagem corporal, ou seja, contribui para a autoaceitação, e o amor-próprio. 

A imagem que existe na sociedade de que corpos magros são os ideais e trazem felicidade precisa ser desconstruída, as pessoas devem viver em paz e aceitos com seus corpos.

Como praticar o Body Positive e o amor-próprio

“O primeiro passo é ter força de vontade para trabalhar a aceitação, autoestima, saúde e ter ação para melhorar a qualidade de vida”, detalha a profissional.

É necessário evitar pessoas tóxicas ao seu redor e relacionamentos abusivos, além de não se comparar com outras pessoas e aprender a valorizar as suas qualidades. É preciso refletir  sobre o que gosta ou não, sem a interferência de padrões sociais, e não se cobrar tanto. “Começar novas amizades com pessoas mais parecidas com você na maneira de pensar e agir também ajuda nesse processo de autoconhecimento”, finaliza.

Fonte: Dra. Priscila Gasparani Fernandes, psicanalista e neuropsicóloga pela USP.