Boca amarga (gosto amargo): o que pode ser e como tratar

Saúde
01 de Dezembro, 2021
Boca amarga (gosto amargo): o que pode ser e como tratar

A sensação de boca amarga, também chamada de disgeusia, é frequentemente associada ao mau hálito. A alteração do paladar que causa o gosto amargo pode resultar, ainda, em alterações psicológicas. Isso porque algumas pessoas, por exemplo, se retraem ao conversar, colocam a mão na boca e falam baixo, pois acreditam que estejam com o temido mau hálito.

Leia mais: Refluxo e problemas dentais são as principais causas de mau hálito

Causas da boca amarga

Primeiramente, é necessário descobrir a causa da boca amarga investigando a língua, local onde estão as papilas gustativas. Ao analisar as papilas do gosto amargo, é importante avaliar se o local está recebendo catarro causado por doenças respiratórias, e se há baixa salivação, além de falta de limpeza no local. Nesse caso, o ideal é procurar um dentista capacitado em halitose e alterações salivares.  

Além desses fatores, outros também podem resultar na sensação de boca amarga:

  • Uso de medicamentos que reduzem a salivação
  • Diabetes, pois pode causar halitose
  • Alterações hormonais
  • Doenças hepáticas
  • Insuficiência renal
  • Deficiência de vitaminas e ou sais minerais
  • Hipotireoidismo
  • Alcoolismo
  • Tabagismo
  • Problemas dentários (como cáries, por exemplo)
  • Transtornos alimentares (bulimia, anorexia, entre outros)

Tratamento e prevenção

Antes de tudo, é importante saber se existe alguma outra causa para justificar a sensação de boca amarga. Caso seja baixa salivação, por exemplo, deve-se tratá-la para evitar danos na saúde bucal.

O tratamento, por sua vez, deve incluir uma correta higiene da língua que inclua limpadores com cerdas, além de evitar uso de enxaguantes bucais com álcool. Nesse sentido, para evitar o seu surgimento, é indispensável realizar a limpeza adequada diariamente e ingerir água para garantir uma boa salivação.

Por fim, diagnosticar a boca amarga às vezes pode ser difícil, exigindo a exclusão de todas as outras causas. Dessa forma, encontrar o tratamento certo pode ser um processo de tentativa e erro. Em alguns casos, o problema pode se resolver por conta própria ou exigir intervenção médica para controlar ou resolver a causa subjacente.

Fonte: Dr. Marcos Moura – Dentista de Maceió. Endodontista pela UNESP/Araraquara e membro da Associação Brasileira de Halitose (ABHA).

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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