Bater em crianças pode trazer consequências negativas para a saúde mental

Equilíbrio
08 de Fevereiro, 2022
Bater em crianças pode trazer consequências negativas para a saúde mental

Recentemente, Pedro Scooby, participante do BBB 22, envolveu-se em uma polêmica durante uma conversa com os outros brothers. O surfista revelou que já deu um tapa no rosto do seu filho mais velho, Dom, de 9 anos. “Fui falar uma parada e ele me respondeu. Ele estava aqui assim (apontou para o lado)… minha mão só fez assim, na cara dele, com meu dedos […] Eu realmente nunca vou quebrar nada dele, espancar, mas tem que tomar um susto para ter o respeito”, admitiu. Contudo, especialistas afirmam que bater em crianças não é a melhor maneira de educar — ato, inclusive, pode gerar traumas que duram a vida toda.

O relato imediatamente repercutiu nas redes sociais, e as pessoas não gostaram nem um pouco das falas de Pedro, ex-marido de Luana Piovani. 

Bater em crianças nunca é a solução

Segundo a psicóloga Rosangela Sampaio, a agressão não serve, de forma alguma, como meio de educar os filhos. “O castigo físico corta o elo que liga o pequeno ao pai ou à mãe que o maltrou. Imagine o que você iria sentir se recebesse uma bofetada do seu melhor amigo”, afirma.

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Dessa forma, as agressões físicas trazem diversas consequências negativas para a saúde mental das crianças. Isso porque elas crescem associando a agressão (física ou verbal) como única saída para resolver problemas nas relações. Ou seja, os pequenos acreditam que bater é algo normal.

Além disso, uma criança que vive em um ambiente de intrigas e observa agressões entre os pais, por exemplo, também é vítima. 

Lei da palmada

A Lei da Palmada – também conhecida como Lei Menino Bernardo – está em vigor no Brasil desde 2014. Assim, ela proíbe castigo físico e ou tratamento humilhante como forma de correção.

De acordo com a lei, “castigo físico” significa qualquer “ação punitiva ou disciplinar aplicada com emprego de força física que resulte em sofrimento físico ou lesão”. Já o “tratamento cruel ou degradante” é definido como aquele que “humilhe, ameace gravemente ou ridicularize” a criança ou o adolescente.

Saiba ensinar a criança sem usar a violência física

De fato, educar os filhos não é uma tarefa fácil. Veja algumas dicas da psicóloga de como ensiná-las sem utilizar a violência física:

  • Ensine o seu filho com compreensão: afinal, as pessoas são diferentes e não existe um padrão;
  • A brincadeira estimula a curiosidade natural da criança para aprender;
  • Converse de forma clara e objetiva com a criança;
  • Sintonize com a criança e tenha compaixão por ela, é preciso entender que o pequeno não dispõe das mesmas habilidades que um adulto;
  • Observe e desafie a criança no nível certo e de acordo com a idade.

Fonte: Rosangela Sampaio, psicóloga, escritora e apresentadora do programa Mulheres Em Flow.

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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