Como vencer a sua batalha interna e emocional

Equilíbrio
16 de Agosto, 2019
Como vencer a sua batalha interna e emocional

Batalha emocional, ou batalha interna, pode ser definida como qualquer estado que nos deixa fora de nosso eixo ou do nosso equilíbrio — como ansiedade, depressão, raiva, impulsividade e tristeza. 

Quando você vivencia esses sentimentos por períodos prolongados, é preciso buscar ajuda, pois isso é um sinal de que você perdeu seu centro e está em uma batalha interna, com a mente agitada e sem saber aonde ir.

Reza a lenda que temos dois lobos que brigam dentro de nós: um representa a luz, a força, a bondade, a transformação e a resiliência. O outro, as sombras, o medo, a tristeza e a raiva

O nosso maior inimigo, isto é a nossa maior batalha interna, é aquela que acontece dentro de nós. Quando nós só perdemos para nós mesmos.

Todos nós temos problemas, mas cada um vive e reage a eles de diferentes formas. Há pessoas que reconhecem o problema, buscam ajuda, inquietam-se, não ficam nos porquês: por que eu, por que logo agora que tudo ia bem?

Há pessoas que reconhecem os problemas, mas não querem falar deles, fingem que não existem. Contudo, eles estão ali, como pedras no sapato.

Batalha interna

Além disso, é comum surgirem frases como: ‘está indo, vai ficar bem, vai dar certo’. Vai como, se nenhuma ação está sendo feita para isso? Assim, é preciso entender a diferença entre aceitação e resignação.

Aceitamos uma situação, por exemplo, quando conseguimos nos sobrepor a ela.

Contudo, estamos resignados a ela quando não nos movemos na direção que desejamos em nossas vidas, e ficamos presos à situação, compadecendo de nós mesmos, sentindo-nos vítimas, e não fazendo nada a respeito. Sempre há algo a ser feito.

Dessa forma, me torno escravo da situação, do problema, me amarro a ele, me bloqueio na minha vida, já que penso que isso é o que tenho que viver e deixo de procurar opções.

A aceitação é não ir contra a correnteza, mas aproveitar as situações como aprendizados. Isso porque sempre existe a possibilidade de corrigir e de ressignificar o rumo das nossas vidas.

Em uma batalha emocional, você escolhe qual emoção vai ganhar: reclamar ou partir para ação? Se eu entendo e aceito o que acontece na minha vida, serei dono da mesma, superando os obstáculos, buscando aprendizado. Se for o contrário, me resigno, e assim, permanecerão comigo a dor e o sofrimento.

Desse modo, a forma como focamos certas emoções definirá a forma de reagirmos diante dos obstáculos da vida. Podemos ter comportamentos proativos ou conflitantes.

Como vencer a sua batalha interna

Mude os pensamentos automáticos e negativos

Pare de repetir a mesma coisa: ‘eu não consigo, eu não posso, não vai dar’. Essa leitura negativa só vai potencializar os aspectos ruins e vai ocupar a sua mente com pensamentos de baixa autoestima e insegurança.

Portanto, olhe as experiências sem levar em consideração os conceitos de aprovação ou desaprovação, seja gentil consigo mesmo. 

Cuidado com a crença do demérito durante a batalha interna

Muitas pessoas acreditam que resultados acontecem, que transformações existem, mas pensam: ‘vamos ser realistas, será que vai ser eu, será que eu mereço?’

Sim, você merece tudo que a vida puder lhe oferecer de melhor, e tudo que você fizer para atingir seus objetivos. Isso não é prepotência, isso é confiar em si, amor próprio, autorrespeito.

Por isso, prepare seu ambiente para aumentar a sua crença no mérito, cerque-se de pessoas boas, consuma conteúdos que elevem, agreguem.

Existe o tempo do planejamento e existe o tempo da ação

Não estou falando de escolhas apenas no sentido do querer, ou seja, da vontade. Pois as escolhas só existem na prática, no plano da ação.

Pergunte-se: ‘Que atos posso realizar para alavancar a minha carreira? Para meu emagrecimento se tornar realidade? Ou para melhorar minha vida amorosa? Para ser respeitado pelos outros? Ou para aumentar meus rendimentos? Para ser mais feliz?’

Não basta dizer a você mesmo: ‘Eu queria ser mais responsável, eu deveria agir melhor com minha família’. É preciso tranformar esse comportamento em atos.

Portanto, se queremos vencer a nossa batalha emocional e interna, precisamos considerar: ‘Que atos eu poderia realizar? Quais são as minhas opções? Se eu preferir não fazer nada, estou disposto a assumir a responsabilidade por essa decisão?’

Decidiu, está decidido

Depois que decidiu, não redecida. Quando decidimos que vamos fazer, já passamos da fase do planejamento.

Muitas pessoas decidem o que vão fazer, mas depois ficam se perguntando: ‘será que é isso mesmo que eu quero?’ Faça. Depois que você fizer, aí sim, você avalia o que deu certo, o que deu errado, e melhora.

O primeiro passo de qualquer jornada é fazer. Não é fazer bem feito. É fazer. O bem feito pode vir depois. Não precisa acertar de primeira, faz, mede, aprende, melhora e faz e novo. No ciclo do faz de novo, você vai ganhando excelência.

Não rejeite seus sentimentos, pensamentos e emoções

Permita-se viver sem negação, pensamentos, sentimentos, desejos e ações ruins. Além disso, aceite todas as partes da sua personalidade, reconhecendo que todas elas foram úteis em algum momento de sua vida.

Aprenda a pedir ajuda. Ative o seu sistema de apoio. Tem gente que é muito ruim em pedir ajuda. Quando vai pedir ajuda, já é tarde demais. Tem gente que acha que pedir ajuda é sinônimo de fraqueza, que é uma comprovação de incompetência, que é um atestado de ineficiência. E não é.

Reflita: 

Paz mental acontece quando você não tem pendências soltas. Se você vive dizendo que deveria fazer algo, sua mente está tomada de pendências desordenadas, e isso gera extrema ansiedade. Uma mente barulhenta não é capaz de realizar grandes feitos.

Temos que escolher se queremos ser parte da solução ou parte do problema. Assumir a nossa própria responsabilidade implica aceitar que aquilo que fazemos hoje é o ponto de partida para a mudança ou para a estagnação de amanhã. Responsabilidade implica esforço, sim, mas também implica poder e liberdade.

Linda Vieira – Psicóloga Clínica com com abordagem Fenomenológico-Existencial. Experiência em: depressão, fobias, estresse, ansiedade, sexualidade, relacionamentos e medos. Parceira no Programa de Emagrecimento Tecnonutri.

Leia também: Saúde mental e saúde emocional: As diferenças e semelhanças entre elas

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