Azeites adulterados: o que observar na hora de comprar o seu
Em dezembro de 2021, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu a venda de azeites de 24 marcas importadas no Brasil porque os mesmos haviam sido adulterados. Mais de 152 mil garrafas foram retiradas do mercado, pois continham óleos de soja e de milho, corantes, aromatizantes e até azeites impróprios para o consumo, como o lampante, produto derivado da azeitona, mas que é indicado para acender lamparinas.
Nas fiscalizações, especialistas filiados ao Conselho Oleícola Internacional (IOC) analisaram sensorialmente os produtos de acordo com a cor, o aroma e o gosto. Desse modo, conseguiram identificar as fraudes, que muitas vezes não são percebidas nem em laboratório.
A notícia despertou uma dúvida importante nos consumidores: como identificar os azeites adulterados na hora de comprar?
Leia também: Como temperar salmão? Dicas para deixar o peixe ainda mais saboroso
Como identificar azeites adulterados?
Compre marcas nacionais
A mesma investigação do Mapa mostrou que nenhuma marca nacional tinha adulterações em seus produtos. Portanto, uma boa saída é priorizar sempre os itens produzidos e comercializados aqui no Brasil.
“O azeite nacional, produzido a partir de oliveiras cultivadas aqui e envasados no país, não mostra nenhum tipo de fraude e aponta para uma qualidade excelente”, disse o diretor do Dipov (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal), Glauco Bertoldo, em entrevista ao site UOL Economia.
Fique de olho na embalagem dos azeites adulterados
Azeites adulterados costumam vir em embalagens mais claras e até transparentes. Já um azeite considerado bom possui vidros escuros para que o óleo não oxide quando em contato com a luz.
Desconfie dos muito baratos
Estranhou aquele azeite que está muito mais barato do que os de outras marcas? Esse também pode ser um indício de adulteração!
Tipos de azeite
O azeite de oliva é uma gordura proveniente da azeitona, fruto da oliveira. Florescendo na primavera, as azeitonas passam pelo processo de maturação até o outono, época em que acontece a colheita.
A azeitona é um alimento presente na maioria das cozinhas brasileiras. Além disso, é um dos ingredientes que compõem a dieta mediterrânea, considerada uma das mais saudáveis do mundo. O azeite pode ser dividido em três tipos:
- Azeite extra virgem: o produto deve ter até 0,8% de acidez e sem defeito organoléptico/sensorial. Desse modo, ele é o que mais preserva as propriedades, o aroma e o sabor. Além disso, a acidez de até 0,8% é um indicativo de que todas as etapas de processamento (maturação da azeitona, colheita do fruto, limpeza, extração e embalagem) foram realizadas de forma adequada;
- Azeite virgem: apresenta algum defeito sensorial e/ou acidez acima de 2%. Azeites com acidez acima de 2% não são adequados para o consumo, por isso, o azeite virgem precisa passar por um processo de refinamento para poder ser ingerido;
- Azeite de oliva: o processo de refinamento do azeite remove, além da alta acidez, as substâncias aromáticas e de sabor, bem como os antioxidantes naturais, pigmentos de cor e vitaminas. Portanto, os azeites de oliva comuns (além de serem refinados) geralmente levam uma pequena quantidade de azeite extra virgem para ter um pouco mais de sabor, aroma e cor.