AVC: O que é, sintomas, causas e tratamento
Casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) aumentam entre jovens, de acordo com American Stroke Association. A sigla médica é utilizada para identificar um derrame. Trata-se de um problema que atinge o suprimento de sangue, oxigênio e suprimentos. Esses três pilares são importantes porque ajudam no funcionamento do cérebro.
Uma pessoa diagnosticada com AVC pode ter uma ou duas regiões do cérebro afetadas. O problema pode ser mais grave quando os neurônios, células que estão presentes no órgão, podem acabar morrendo, caso o AVC não seja solucionado de forma imediata.
Os neurônios não se multiplicam conforme o resto das células que estão no corpo. O óbito de um deles em virtude do AVC pode trazer sequelas para o paciente, uma vez que aquela célula ficou comprometida. A medicina destaca que há vários tipos de AVC, alguns, inclusive, possuem sintomas silenciosos, e, assim, cada um tem um tratamento e uma orientação diferente.
Tipos de AVC
O AVC pode ser isquêmico ou hemorrágico e ocorrem por diferentes razões como, por exemplo:
AVC isquêmico
O primeiro tipo da condição é uma obstrução ou diminuição brusca do fluxo de sangue em uma artéria do cérebro, causando então uma falta de circulação vascular naquela área.
AVC hemorrágico
O AVC hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo se separa de forma natural. Assim, nesse cenário, há um extravasamento de sangue para dentro do órgão.
Sintomas
- Perda de visão;
- Dificuldade para falar;
- Fraqueza de um lado do corpo;
- Distúrbio sensitivo;
- Falta de sensibilidade de um lado do corpo;
- Alterações motoras;
- Alteração no nível de consciência;
- Paralisia de um lado do corpo.
Acima de tudo, o AVC é uma doença que precisa de cuidados médicos com urgência. Por isso, se você ou alguém próximo estiver com os sintomas, recomenda-se ir até um centro de saúde mais próximo da sua casa.
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Fatores de risco
Diversos estudos indicam que ficar sentado 8 horas por dia aumenta o risco de AVC. Além desse sinal, existem outros fatores de risco que aumentam as chances de um paciente ser diagnosticado com a doença. Por exemplo:
- Histórico familiar;
- Colesterol alto;
- Hipertensão;
- Idade avançada;
- Tabagismo;
- Sobrepeso;
- Obesidade;
- Uso excessivo de álcool;
- Sedentarismo;
- Diabetes tipo 2;
- Uso de drogas ilícitas;
- Ser homem.
É fundamental deixar claro que pessoas que tiveram AVC têm mais risco de infarto, de acordo com um estudo feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP). Por isso, o neurologista, Rodrigo Schultz, indica o método Fast como uma ótima ferramenta para identificar os sinais de AVC.
- Rosto: quando ele cai para um certo lado. O indivíduo tem dificuldades para sorrir;
- Armas: o indivíduo tem dificuldades para levantar um ou ambos os braços;
- Discurso: fala arrastada ou distorcida. A pessoa tem dificuldades para conversar, apesar dela estar acordada;
- Horário: ligue para o número de emergência imediatamente caso perceba algum desses sintomas.
Diagnóstico do AVC
Primeiramente, é realizado exames de imagens que possibilitam a visualização da área do orgão atingida. Além disso, ao chegar no hospital, o paciente é submetido a alguns cuidados clínicos de emergência.
- Paciente é colocado deitado se não estiver com vômitos;
- Em seguida, verificar os sinais vitais;
- Aferir a glicemia;
- Se necessário, administrar oxigênio;
- Logo após, colocar acesso venoso no braço não afetado;
- Registrar o horário que os sintomas começaram de acordo com questionário ao paciente ou acompanhante.
Tratamento e prevenção
O tratamento do AVC deve ser feito de acordo com o seu tipo.
- Acidente vascular cerebral isquêmico: o objetivo do tratamento é desobstruir o vaso cerebral que foi afetado, regularizando a circulação sanguínea cerebral;
- Acidente vascular cerebral hemorrágico: pode ser necessária uma cirurgia para cessar a hemorragia.
Além disso, existem algumas ações que ajudam a reduzir o risco de um AVC como, por exemplo: Controle do colesterol; manter o peso ideal; controle da pressão arterial e não fazer o uso de drogas e cigarro;
As mulheres também devem ter um cuidado, sobretudo, com a pílula anticoncepcional. De acordo com o neurologista, Rodrigo Schultz, ela aumenta as chances de uma paciente ter AVC. “Trombose, infarto e Acidente Vascular Cerebral são alguns dos problemas que ela pode trazer para as mulheres”.
Por fim, o especialista ainda alerta as mulheres, especialmente, aquelas que têm enxaqueca com aura para ignorarem esse tipo de medicamento. “A melhor saída é contar com o auxílio de preservativos”, completa.
Fonte: Dr. Rodrigo Schultz é neurologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro, a Unisa.