AVC: O que é, sintomas, causas e tratamento

Saúde
10 de Junho, 2022
AVC: O que é, sintomas, causas e tratamento

Casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) aumentam entre jovens, de acordo com American Stroke Association. A sigla médica é utilizada para identificar um derrame. Trata-se de um problema que atinge o suprimento de sangue, oxigênio e suprimentos. Esses três pilares são importantes porque ajudam no funcionamento do cérebro. 

Uma pessoa diagnosticada com AVC pode ter uma ou duas regiões do cérebro afetadas. O problema pode ser mais grave quando os neurônios, células que estão presentes no órgão, podem acabar morrendo, caso o AVC não seja solucionado de forma imediata. 

Os neurônios não se multiplicam conforme o resto das células que estão no corpo. O óbito de um deles em virtude do AVC pode trazer sequelas para o paciente, uma vez que aquela célula ficou comprometida. A medicina destaca que há vários tipos de AVC, alguns, inclusive, possuem sintomas silenciosos, e, assim, cada um tem um tratamento e uma orientação diferente. 

Tipos de AVC

O AVC pode ser isquêmico ou hemorrágico e ocorrem por diferentes razões como, por exemplo:

AVC isquêmico

O primeiro tipo da condição é uma obstrução ou diminuição brusca do fluxo de sangue em uma artéria do cérebro, causando então uma falta de circulação vascular naquela área. 

AVC hemorrágico

O AVC hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo se separa de forma natural. Assim, nesse cenário, há um extravasamento de sangue para dentro do órgão. 

Sintomas

  • Perda de visão;
  • Dificuldade para falar; 
  • Fraqueza de um lado do corpo;
  • Distúrbio sensitivo;
  • Falta de sensibilidade de um lado do corpo;
  • Alterações motoras;
  • Alteração no nível de consciência; 
  • Paralisia de um lado do corpo. 

Acima de tudo, o AVC é uma doença que precisa de cuidados médicos com urgência. Por isso, se você ou alguém próximo estiver com os sintomas, recomenda-se ir até um centro de saúde mais próximo da sua casa.

Leia mais : Dieta vegetariana pode reduzir risco de AVC

Fatores de risco

Diversos estudos indicam que ficar sentado 8 horas por dia aumenta o risco de AVC. Além desse sinal, existem outros fatores de risco que aumentam as chances de um paciente ser diagnosticado com a doença. Por exemplo:

  • Histórico familiar; 
  • Colesterol alto;
  • Hipertensão;
  • Idade avançada;
  • Tabagismo;
  • Sobrepeso;
  • Obesidade;
  • Uso excessivo de álcool; 
  • Sedentarismo;
  • Diabetes tipo 2;
  • Uso de drogas ilícitas;
  • Ser homem. 

É fundamental deixar claro que pessoas que tiveram AVC têm mais risco de infarto, de acordo com um estudo feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP). Por isso, o neurologista, Rodrigo Schultz, indica o método Fast como uma ótima ferramenta para identificar os sinais de AVC. 

  • Rosto: quando ele cai para um certo lado. O indivíduo tem dificuldades para sorrir;
  • Armas: o indivíduo tem dificuldades para levantar um ou ambos os braços;
  • Discurso: fala arrastada ou distorcida. A pessoa tem dificuldades para conversar, apesar dela estar acordada; 
  • Horário: ligue para o número de emergência imediatamente caso perceba algum desses sintomas. 

Diagnóstico do AVC

Primeiramente, é realizado exames de imagens que possibilitam a visualização da área do orgão atingida.  Além disso, ao chegar no hospital, o paciente é submetido a alguns cuidados clínicos de emergência.

  • Paciente é colocado deitado se não estiver com vômitos;
  • Em seguida, verificar os sinais vitais;
  • Aferir a glicemia;
  • Se necessário, administrar oxigênio;
  • Logo após, colocar acesso venoso no braço não afetado;
  • Registrar o horário que os sintomas começaram de acordo com questionário ao paciente ou acompanhante. 

Tratamento e prevenção

O tratamento do AVC deve ser feito de acordo com o seu tipo. 

  • Acidente vascular cerebral isquêmico: o objetivo do tratamento é desobstruir o vaso cerebral que foi afetado, regularizando a circulação sanguínea cerebral;  
  • Acidente vascular cerebral hemorrágico: pode ser necessária uma cirurgia para cessar a hemorragia.  

Além disso, existem algumas ações que ajudam a reduzir o risco de um AVC como, por exemplo: Controle do colesterol; manter o peso ideal; controle da pressão arterial e não fazer o uso de drogas e cigarro;

As mulheres também devem ter um cuidado, sobretudo, com a pílula anticoncepcional. De acordo com o neurologista, Rodrigo Schultz, ela aumenta as chances de uma paciente ter AVC. “Trombose, infarto e Acidente Vascular Cerebral são alguns dos problemas que ela pode trazer para as mulheres”.

Por fim, o especialista ainda alerta as mulheres, especialmente, aquelas que têm enxaqueca com aura para ignorarem esse tipo de medicamento. “A melhor saída é contar com o auxílio de preservativos”, completa. 

Fonte: Dr. Rodrigo Schultz é neurologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro, a Unisa.

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