Atonia uterina: o que é, causas e os principais tratamentos

Gravidez e maternidade
24 de Maio, 2022
Atonia uterina: o que é, causas e os principais tratamentos

Durante o parto, as contrações são responsáveis por trazerem o recém-nascido ao mundo. Já após o nascimento, elas continuam com uma finalidade diferente: a de contrair o útero para que se inicie o processo de cicatrização do órgão feminino. Contudo, algumas mães podem passar por uma disfunção chamada atonia uterina.

Ela consiste na perda da capacidade feminina de contrair o útero após o parto o que, consequentemente, aumenta as chances de hemorragia pós-parto (HPP). O quadro pode colocar a vida da mãe em risco, tanto que a perda excessiva de sangue é principal causa da mortalidade materna mundialmente. No Brasil, ela surge em segundo lugar, perdendo apenas para distúrbios hipertensivos.

“A hemorragia pós-parto pode ser definida como a perda sanguínea maior que 500 ml no pós-parto vaginal ou maior que 1000 ml na cesariana. Contudo, o mais importante é considerar que qualquer perda sanguínea capaz de causar instabilidade hemodinâmica deve ser considerada como um caso de hemorragia pós-parto importante”, orienta o documento “Principais Questões sobre Manejo da Hemorragia no Pós-Parto”, do Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, do Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).

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As principais causas da atonia uterina

Antes do nascimento do bebê, algumas condições podem estar associadas a um possível quadro de atonia uterina após a chegada do pequeno. São elas:

Adiciona-se a essa lista também casos de mulheres que tiveram atonia uterina em uma gravidez anterior e podem vir a repetir o quadro nas seguintes.

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Prevenção e tratamentos recomendados

A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta o uso da ocitocina a partir da terceira fase do parto, chamada de Dequitação, como forma de prevenção contra a hemorragia pós-parto. Caso a HPP aconteça mesmo assim, o próximo manuseio médico precisa ser rápido. Para isso, a maternidade necessita de um protocolo padrão bem estabelecido, conforme orienta o documento “Hemorragia pós-parto”, também do Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente.

Dito isso, a primeira ação dos especialistas deve ser uma compressão para conter o sangue enquanto a equipe prepara mais ocitocina. Isso porque ela é um agente farmacológico capaz de trazer tonicidade ao útero e aumentar as contrações produzidas pelo órgão feminino. Por volta de dois a cinco minutos, já dá para perceber a resposta do organismo à substância.

Se ocorrer falha no tratamento medicamentoso deve-se tentar usar do balão de tamponamento intrauterino que, ao inflar, forma-se uma espécie de barreira na saída do sangue. Dessa forma, estima-se que a técnica reduz em até 60% a necessidade de procedimentos cirúrgicos.

Diante de situação mais graves, a orientação médica pode ser a de histerectomia total. Em síntese, é uma cirurgia de retirada do colo do útero e do órgão feminino para que os médicos consigam suprir a hemorragia completamente.

Fontes: Organização Mundial da Saúde e Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, do Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).

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