Atividade física intensa pode ser prejudicial para algumas pessoas com diabetes tipo 2
A atividade física é fundamental para prevenir e melhorar o quadro clínico de diversas doenças. Ao mudarem seus estilos de vida e passarem a praticar mais exercícios físicos, por exemplo, as pessoas com diabetes tipo 2 garantem mais qualidade de vida. Além disso, conseguem reduzir os riscos de complicações. Contudo, um estudo da Wake Forest School of Medicine (EUA) mostrou que a atividade física intensa pode ser prejudicial para alguns pacientes com diabetes tipo 2. Principalmente aqueles que não costumam fazer um controle adequado da glicemia.
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Atividade física intensa não é uma boa ideia para quem não tem diabetes tipo 2 controlada
O estudo foi publicado no jornal científico Diabetes Care e reavaliou a pesquisa do National Institutes of Health Action for Health in Diabetes (Look AHEAD).
“Nosso trabalho descobriu que as intervenções no estilo de vida reduziram os danos cardiovasculares em potencial e otimizaram os benefícios para 85% dos participantes do estudo”, explica Michael P. Bancks, principal investigador do artigo. “No entanto, para aqueles que tinham controle insuficiente do açúcar no sangue, a intervenção no estilo de vida aumentou o risco de eventos cardiovasculares. Com base em nossas descobertas, os médicos podem querer considerar opções alternativas, como medicamentos para baixar a glicose, antes de tentar a modificação no estilo de vida dessas pessoas”, complementa.
O estudo dividiu os participantes em quatro subgrupos: diabetes com início em idade avançada; pessoas com diabetes que não controlavam a glicemia; obesidade severa; e, por fim, diabetes com início na juventude. A resposta de cada grupo foi examinada de acordo com o estilo de vida e sua associação com os principais eventos cardiovasculares.
Resultados
Assim, no subgrupo que não fazia o controle glicêmico, a atividade física intensa foi associada a um risco 85% maior de eventos cardiovasculares. “Embora o interesse em subgrupos de diabetes esteja crescendo, nosso estudo é um dos primeiros a aplicá-lo à intervenção no estilo de vida”, disse Bancks. “Portanto, para os médicos, determinar a qual subgrupo seu paciente se assemelha mais deve ajudá-los a determinar a melhor opção de tratamento e reduzir qualquer dano potencial para aquele indivíduo”.
(Fonte: Agência Einstein)