Atividade física regular aumenta a imunidade e a eficácia de vacinas

Movimento
17 de Janeiro, 2022
Atividade física regular aumenta a imunidade e a eficácia de vacinas

Que a prática frequente de exercícios pode ajudar a melhorar a saúde e fortalecer o sistema imunológico, a ciência parece já saber há tempos. Contudo, agora, os cientistas também descobriram um fato importante a respeito da relação entre atividade física e vacinas. Se você é ativo, tem 50% mais chance de desenvolver mais anticorpos do que quem é sedentário depois da aplicação de algum imunizante.

Atividade física e vacinas: como funcionou o estudo

Publicada na revista Sports Medicine, a pesquisa reuniu especialistas de diferentes universidades ao redor do mundo. Eles compilaram e analisaram dados de mais de 500 mil pessoas. E perceberam que quem faz no mínimo 30 minutos de exercícios cinco vezes por semana reduz em 37% o risco de ficar doente e morrer de alguma infecção viral — incluindo o coronavírus. Além disso, diminui em 31% a probabilidade de sequer contrair a doença.

Possíveis explicações

Isso acontece porque, geralmente, indivíduos fisicamente ativos apresentam melhores respostas das suas células de defesa. Assim, eles também têm mais células CD4 no organismo, um tipo de linfócito essencial para a nossa imunidade.

Além disso, o estudo mostrou que quem é adepto ao movimento no dia a dia concentra mais imunoglobulina IGA na saliva — que apresenta um papel importante na defesa do corpo. Desse modo, a teoria é a de que o vírus, quando entra pelo nariz ou boca, logo é neutralizado por esses anticorpos antes mesmo de atingir a corrente sanguínea. Sem contar que, após alguma vacina, os níveis de anticorpos de pessoas que fazem atividade física regular costuma ser muito maior.

“Além de todos estes benefícios, é importante destacar que o exercício é parte importante da prevenção e tratamento das principais comorbidades que agravam a doença: hipertensão, obesidade e diabetes. E há que se ressaltar que os casos de depressão e ansiedade aumentaram exponencialmente em função do isolamento. O exercício produz no cérebro as substâncias que proporcionam bem-estar. Como as endorfinas e a serotonina, melhorando a saúde emocional dos praticantes”, explica Monica Marques, educadora física e diretora técnica da Cia Athletica.

Leia também: Atividade física regular diminui risco de Covid-19 grave

Recomendações

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou suas diretrizes sobre o tempo de exercícios semanais para uma pessoa deixar de ser considerada sedentária. Assim, a OMS recomenda que adultos aumentem o tempo de atividades físicas para 300 minutos — até uma hora de exercícios por cinco dias ou 40 minutos por sete dias — ou 150 minutos de atividade física intensa por semana.

Por outro lado, a sugestão antiga falava em pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de exercícios intensos por semana.

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