Aterosclerose: causas, sintomas e tratamento

Saúde
02 de Fevereiro, 2022
Aterosclerose: causas, sintomas e tratamento

A aterosclerose nada mais é que alta concentração de placas de gordura, cálcio e outras substâncias nas artérias. Esses depósitos complicam o percurso de sangue dos vasos, fazendo que o paciente sofra com infartos, derrames e até morte súbita. 

Dessa forma, o tratamento da doença varia de acordo com a gravidade do quadro e pode ser feito com o apoio de remédios e cirurgias de ponte de safena. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o Brasil contém cerca de 14 milhões de pessoas com alguma doença cardiovascular e, pelo menos, 400 mil pacientes morrem anualmente. 

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O que é Aterosclerose? 

Segundo o cardiologista, José Kawazoe Lazzoli, a aterosclerose é um processo patológico, causado por condições clínicas que “agridem” as artérias. Assim, elas podem respondem a essa agressão com a formação de placas de ateroma e placas de gordura, que podem obstruí-las de forma parcial ou total. 

Arteriosclerose significa “endurecimento das artérias”, enquanto o radical “escleros” significa “endurecimento”.

Causas e os fatores de risco da Ateroscleros 

O cardiologista explica que há vários fatores de risco para a doença. “Hipertensão arterial, diabetes mellitus, colesterol elevado, sedentarismo, tabagismo e a obesidade, além da história familiar”, enumera. 

Sintomas

Existem diversos sinais e sintomas que ajudam a identificar a doença. Portanto, veja os principais:

  • Arritmia cardíaca;
  • Palpitação;
  • Fadiga;
  • Dor no peito (angina);
  • Cãibras;
  • Aumento de pressão arterial.

Como é feito o diagnóstico da Aterosclerose? 

Nas consultas, o paciente deve comunicar ao médico quais são os casos de doenças cardiovasculares presentes na família. Por isso, vale fazer uma pesquisa com os seus pais e outros parentes. Desse modo, o diagnóstico pode ser ainda mais completo.

Os casos de infartos e derrames em familiares próximos, especialmente nos mais jovens, podem ser um sinal de atenção para o paciente. 

“A forma como é feito o diagnóstico depende do local do processo aterosclerótico. Para doenças coronárias, o eletrocardiograma, o teste de esforço e o ecodopplercardiograma são exames que podem levar ao diagnóstico”, explica José Kawazoe Lazzoli, cardiologista.

Além disso, em última análise, se houver alterações nesses exames que sejam indicativos de doença coronariana, a cineangiocoronariografia (denominada de “padrão-ouro) é utilizada para o diagnóstico anatômico das obstruções coronarianas. 

Para os outros territórios arteriais, geralmente, o Doppler arterial (das artérias carótidas, dos membros superiores, dos membros inferiores, por exemplo) é o exame inicial para levar ao diagnóstico, que pode ser confirmado por meio de uma AngioTC (uma Tomografia Computadorizada com contraste).

O diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, José Francisco Kerr Saraiva, destaca ainda a importância do diagnóstico precoce.

“O diagnóstico precoce de problemas cardiovasculares nos mais jovens possibilita melhores tratamentos e controle mais rígido das doenças relacionadas ao coração, que podem se agravar ao longo dos anos se não forem corretamente tratadas. Apesar de as doenças do coração manifestarem-se, em sua grande maioria, na vida adulta, é na infância que o processo de aterosclerose tem seu início. Por isso, a prática de atividades físicas regularmente e a redução do estresse, associadas ao controle do colesterol elevado e a uma alimentação saudável, tendem a reduzir em 80% esses óbitos”, relata. 

Como é o tratamento da Aterosclerose? 

Um paciente portador de doença aterosclerótica provavelmente estará em uso de Ácido acetil salicílico (que é um antiagregante plaquetário) e de uma estatina (classe terapêutica utilizada na redução do colesterol). Os dois medicamentos proporcionam uma maior estabilidade na superfície da placa aterosclerótica. 

O tratamento invasivo dependerá do território acometido. Mas o mais comum é realizar uma angioplastia coronariana (com o implante de stents) ou uma cirurgia de revascularização miocárdica (com o implante de pontes). Também é possível realizar angioplastia ou revascularização cirúrgica.

Os fatores de risco também podem influenciar no tipo de tratamento do paciente. “Hipertensos e pessoas com diabetes precisam ter um controle rigoroso das suas doenças. Assim, o colesterol deve ser mantido baixo, na faixa adequada para cada perfil de paciente.”, orienta o cardiologista, José Kawazoe Lazzoli. 

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Quais são as formas de prevenção da Aterosclerose? 

Não há segredos em relação à prevenção da doença. Portanto, o equilíbrio entre atividade física e alimentação saudável é o mais indicado. Dessa forma, você impede o surgimento de quadros, como obesidade, diabetes, hipertensão e altos níveis de colesterol.

Além disso, não fumar e não extrapolar no consumo de bebida alcoólica são outras atitudes que contribuem para reduzir as agressões às artérias.

Fonte: Dr. José Kawazoe Lazzoli, cardiologista, médico do esporte e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE).

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