Ansiedade e depressão duplicam na quarentena, diz pesquisa

Equilíbrio
30 de Abril, 2020
Ansiedade e depressão duplicam na quarentena, diz pesquisa

Estamos vivendo uma pandemia por conta do novo coronavírus e devemos ficar em isolamento social. Essa situação está sendo difícil para todos. Afinal, não existe uma data exata para tudo voltar ao “normal”. Com isso, os casos de ansiedade e depressão vêm aumentando cada vez mais.

Uma pesquisa recente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)descobriu que em um mês de quarentena os quadros de ansiedade e depressão duplicaram. Dirigida pelo psicólogo Alberto Filgueiras, a análise colheu dados de 1.460 brasileiros e, para chegar ao resultado final, foi necessário dividir o estudo em duas partes.

Na primeira fase de pesquisa, o índice de prevalência para sintomas de depressão e ansiedade era em torno de 4% a 5%. Já na segunda, cresceu de 7% a 8%. Embora o estudo não tenha o objetivo direto de medir a incidência das doenças, ele sugere um agravamento preocupante. 

Leia mais em: Coronavírus: O que você precisa saber para se cuidar

Dessa forma, três grupos mostraram uma piora desses sintomas: pessoas que vivem com idosos durante a quarentena; portadores de doenças que fazem parte dos grupos de riscos para a COVID-19; e trabalhadores que não puderam aderir à quarentena.

A pesquisa também aponta um maior risco para subgrupos como mulheres e pessoas de menor escolaridade.

O psicólogo ressaltou em entrevista a importância dessas pessoas buscarem o quanto antes – e não esperar a quarentena acabar. 

Como lidar com ansiedade e depressão em tempos de pandemia

Situações como essa costumam afetar a saúde mental de forma drástica. O excesso de informação e a preocupação com os entes queridos, a incerteza e o desemprego são um dos fatores que podem estar causando o aumento da ansiedade.

No entanto, é possível lidar com isso. Opte por práticas que trabalham o relaxamento por meio da respiração, como a meditação e yoga. Se você tiver acesso, a terapia online também é uma opção e funciona tanto quanto a terapia presencial.

Dito isso, é fundamental impor um limite sobre o quanto de notícias você está absorvendo, tente buscar informações positivas sobre o cenário atual.

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Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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