Casos de ansiedade e depressão aumentam entre jovens na pandemia

Equilíbrio
25 de Junho, 2021
Casos de ansiedade e depressão aumentam entre jovens na pandemia

As consequências negativas do isolamento social para a saúde mental da população vêm sendo estudadas cada vez mais. Indo nesse sentido, uma pesquisa apontou que os casos de ansiedade e depressão aumentaram entre crianças e jovens na pandemia. 

A pesquisa, feita pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), foi divulgada recentemente na Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19, da Câmara dos Deputados. 

Como o estudo sobre ansiedade e depressão na pandemia funcionou

Os pesquisadores coletaram dados sobre a saúde mental de 7 mil crianças e adolescentes em todo o país desde junho de 2020. Dessa forma, os resultados mostraram que uma em cada quatro crianças e adolescentes apresentaram sintomas de ansiedade e depressão na pandemia. 

“Os transtornos mentais são impactantes na infância e na adolescência.  Não só porque eles causam prejuízos nesse momento de desenvolvimento, mas porque entre adultos com transtornos mentais, a estimativa é que cerca de 50% deles tiveram a condição pela primeira vez até os 18 anos de idade. Nós estamos falando não só de crianças afetadas, mas do futuro da nossa nação” explica Guilherme Polanczyk, psiquiatra da infância e da adolescência da Universidade de São Paulo (USP).

Além disso, especialistas explicam que a principal reação entre as crianças nesse período é a irritabilidade. Isso porque não há mais um convívio social, uma vez que elas não estão vendo os amigos e nem frequentando a escola. Já os adolescentes apresentam sentimentos como tristeza, tédio, solidão, entre outros sintomas depressivos.

Síndrome da gaiola

O aumento dos casos de depressão e ansiedade na pandemia não são os únicos fatores preocupantes. 

Assim, outro problema muito comum entre os jovens é a síndrome da gaiola. Resultado da pandemia, a condição diz respeito a uma alusão aos pássaros que continuam em cativeiro. Isto é, crianças e adolescentes que não querem ter contato com o mundo exterior e têm medo de frequentar a escola, apoiando-se nas modalidades virtuais.

Leia mais em: Síndrome da gaiola: O medo de voltar à escola

Por isso, é essencial que os pais estejam atentos à saúde mental de seus filhos. E que tentem manter diálogos constantes com os pequenos para que eles possam expressar seus sentimentos.

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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