Anemia ferropriva: como evitar a deficiência de ferro?
Você sabia que a anemia é um sinal de que algo pode não estar bem com o seu organismo? A anemia por deficiência de ferro, também chamada de anemia ferropriva, é a mais comum das carências nutricionais, com maior prevalência em mulheres e crianças, principalmente nos países em desenvolvimento. Saiba mais sobre a condição.
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Quais são as causas da anemia?
A anemia acontece quando há um desequilíbrio dos níveis de hemoglobina no sangue. Sua origem é causada por diversos motivos como problemas na medula óssea, hemorragias, deficiência de ferro. Além disso, são apontadas como causas da anemia doença autoimune, doença que cause a morte prematura das hemácias, falta de vitamina B12 ou B6, gravidez e doenças crônicas.
Esse é considerado um sério problema de saúde pública. Isso porque prejudica o desenvolvimento mental e psicomotor do indivíduo, causa aumento da morbimortalidade materna e infantil, além de influenciar na queda no desempenho do trabalho e redução da resistência às infecções.
Uma pesquisa feita na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e publicada em setembro de 2021, no periódico científico Public Health Nutrition, reuniu informações sobre a saúde de 46 mil indivíduos com menos de 7 anos de idade de todas as regiões do Brasil. Os resultados mostraram que de cada três crianças brasileiras, uma apresenta um quadro chamado anemia ferropriva, número considerado “grave” por especialistas.
Anemia ferropriva: como evitar com alimentos ricos em ferro
Segundo Antônio Wanderson Lack de Matos, nutricionista e coordenador de nutrição do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI), o ferro pode ser encontrado em diversos tipos de alimentos: leite materno, carne vermelha (no fígado bovino, por exemplo) e em alguns vegetais, como as folhas verde-escuras, o feijão e a soja.
O ferro é indispensável para a fabricação e o funcionamento das hemácias, as células vermelhas do sangue. Elas são responsáveis por transportar oxigênio no organismo, além de atuar na manutenção do nosso sistema imunológico e garantir assim o bom funcionamento do cérebro.
“E o problema é ainda maior quando falamos da infância. Isso porque crianças com deficiência de ferro sofrem alterações no desenvolvimento do cérebro. No futuro, isso pode acarretar em problemas no aprendizado, além de sonolência e desânimo, problemas que podem muitas vezes prejudicar a saúde de forma irreversível”, lamenta o médico.
É possível tratar?
Sim, existe tratamento para essa condição. A princípio, se a deficiência de ferritina não for grave, é possível tratá-la através da suplementação de ferro. Outra opção é simplesmente ao adicionar mais alimentos ricos em ferro e vitamina C na alimentação.
Em casos mais graves, pode ser necessário fazer a suplementação de ferro via parenteral (por injeções).
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Fonte: Antônio Wanderson Lack de Matos: Nutricionista, Coordenador de nutrição do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI), especialista em nutrição clínica, ortomolecular, fitoterapia e gerontolólogo (HCI).