Anedonia: Entenda a falta de prazer pela vida

Equilíbrio
16 de Março, 2020
Anedonia: Entenda a falta de prazer pela vida

A falta de prazer pela vida tem um nome: anedonia. A maioria das pessoas em algum momento acabam perdendo o interesse por coisas que costumavam executar. No entanto, a anedonia caracteriza-se pela perda total de satisfação e prazer em realizar atividades que antes eram consideradas agradáveis. Como por exemplo sair com os amigos, ficar com a família, passear na praia e outros. 

Essa alteração costuma ser comum em pessoas com depressão ou outras doenças psiquiátricas como transtorno de ansiedade, esquizofrenia, hipotireoidismo, dependência química ou demência.

Além da perda significativa de sentir prazer em atividades das quais gostava, a pessoa se sente emocionalmente “vazia”. Então, não sente nada ou sofre alterações de humor independente do que aconteça ao seu redor.

Vale ressaltar que a anedonia geralmente é acompanhada de desânimo, cansaço, fadiga e dificuldade de concentração.

O que acontece no cérebro

Para os psiquiatras e neurologistas, a anedonia é uma questão neurobiológica que está associada ao “circuito de recompensa do cérebro”. Seu surgimento também costuma estar ligado ao aumento da atividade na região frontal do cortéx pré-frontal, que, entre outras funções, controla a inibição das respostas emocionais. 

O circuito de recompensa do cérebro é formado por um grupo de regiões cerebrais, onde são produzidos os maiores níveis de dopamina. Isto é, este circuito se ativa quando recebemos estímulos que nos dão prazer, como comer ou fazer compras. 

Assim, o sistema neuronal de recompensa associa situações vivenciadas como positivas com a sensação de prazer e impulsiona a pessoa a repeti-las. Já na depressão, essa neurotransmissão encontra-se alterada. Fatores externos como desemprego, problemas financeiros e perda de entes queridos também podem causar a anedonia. 

Tratamento 

Atualmente, não existem tratamentos direcionados à anedonia. Isso porque por ser um sintoma, é necessário tratar a doença que está em sua origem. 

Portanto, a primeira opção de tratamento é a psicoterapia, para que o especialista possa avaliar o estado psicológico do indivíduo. Se caso for preciso, a prescrição de medicamentos como antidepressivos ou remédios direcionados para o problema psiquiátrico também é feita. 

Técnicas de relaxamento como yoga e meditação também são alternativas recomendadas, pois acalmam a mente e diminuem os pensamentos negativos. 

Leia também: Como os exercícios físicos ajudam a combater a depressão

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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