O que são anabolizantes e quais seus efeitos na saúde
Anabolizantes são vistos pela maioria das pessoas como uma solução rápida para ficar forte e sarado. Mas é importante ficar atento, pois seu uso traz sérias consequências à saúde.
Esteroides anabolizantes são hormônios sintéticos que possuem capacidade anabólica. Isto é, promovem a produção de moléculas complexas usadas no crescimento de tecidos como o muscular e o ósseo.
Eles foram descobertos com o intuito de tratar determinadas doenças. Assim, esses hormônios podem ser usados clinicamente e, ocasionalmente, serem prescritos sob orientação médica para repor o hormônio deficiente e para ajudar pacientes com AIDS a recuperar peso. Contudo, nos casos de necessidade clínica, os pacientes são indicados a tomarem doses mínimas para apenas regularizar sua disfunção.
Porém, algumas pessoas descobriram que seu uso pode incrementar o aumento de massa muscular – e é aí que começam os problemas.
Tipos e como são ministrados os anabolizantes
Geralmente, os anabolizantes podem ser ministrados em forma de comprimidos via oral e através de injeções intramusculares. Os tipos de esteroides dividem-se em sítios (sistemas onde essas drogas atuam). Portanto, saiba quais são os os principais:
- Sistema reprodutor: Destaque para a testosterona
- Desenvolvimento de tecidos: Dentre os mais conhecidos o hormônio do crescimento GH.
Efeitos colaterais do uso de anabolizantes
Para cada substância, existe um efeito colateral diferente, além de depender da dosagem utilizada. Alguns deles são:
- Cabelos: o excesso de testosterona faz os fios caírem e pode acarretar em calvície;
- Pele: fica irritada, vermelha e cheia de espinhas;
- Cordas vocais: as mulheres podem sofrer um engrossamento da voz, que fica masculinizada;
- Pelos: a quantidade de pelos aumenta;
- Mama: os homens têm aumento dos peitos, que muitas vezes carece de correção cirúrgica. Já nas mulheres o efeito é o oposto, e os seios chegam a diminuir de tamanho;
- Pênis: queda da libido e impotência sexual são bastante comuns;
- Clitóris: incha e cresce. Em casos extremos, se assemelha ao órgão sexual masculino;
- Cérebro: agressividade exagerada se torna uma queixa recorrente;
- Vírus: o compartilhamento de seringas eleva a probabilidade de hepatites e até AIDS;
- Coração: os batimentos entram em descompasso;
- Vasos sanguíneos: a retenção de líquidos empaca a circulação e faz a pressão arterial subir;
- Fígado: não raro esse órgão entra em falência, o que abre espaço para cirrose ou câncer;
- Colesterol: sobe a concentração de gordura pelo sangue. Mais um perigo cardiovascular;
- Esqueleto: tendões e articulações se rompem com maior facilidade;
- Rins: enfrentam dificuldade para filtrar o volume elevado de sangue e eliminar todas as impurezas.
Se há tantos riscos assim, porque as pessoas utilizam?
Além da falta de informação, a busca pelo corpo “perfeito” também pode ser um dos gatilhos do uso de anabolizantes. Isso porque a vigorexia, ou transtorno dismórfico muscular, é uma patologia emocional estimulada pela cultura do “corpo perfeito”. Ela é caracterizada por uma preocupação contínua com a forma, levando o indivíduo a prática intensiva e excessiva de exercícios físicos. Dessa forma, esse tipo de patologia também é conhecido como Síndrome de Adônis ou anorexia reversa.
Leia também: Suplementos alimentares: O que são e quando tomar
Prefira suplementos do que anabolizantes
Whey protein
Indicado para recuperação muscular ou ganho de massa, o whey protein é extraído do soro do leite. Além de fornecer todos os aminoácidos não produzidos pelo organismo, também é rica em BCAA, que são aminoácidos importantes para a produção de fibras musculares, trazendo saciedade e contribuindo com a massa magra após o treino. Dessa forma, a quantidade ideal deve ser avaliada de acordo com a alimentação e o peso da pessoa.
- Whey concentrado: menor teor proteico por dose e digestão mais lenta. Assim, o produto passa por uma filtragem, conserva os carboidratos, minerais e gorduras do soro do leite;
- Whey isolado: proteína quase pura obtida de extração e filtragem, tem maior concentração de aminoácidos e menos gorduras ou carboidratos;
- Hidrolisado: versão isolada que tem as moléculas quebradas e facilita ainda mais a absorção pelo organismo.
Suplementação com creatina
Indicada para hipertrofia e ganho de força. Sendo assim, a creatina é um composto derivado de aminoácidos, naturalmente presente em alimentos proteícos, como carnes, peixes, frango, ovos, leite. Contudo, a substância não tem o poder de aumentar os músculos, apenas possibilita um melhor desempenho no treino.
A indicação geralmente é de 2 g a 5 g por dia e é preciso atenção em longos períodos de consumo. Além disso, a concentração de creatinina na urina pode causar um comprometimento dos rins.
Caseína
A principal fração proteica do leite é indicada para ganho de massa, força e recuperação muscular. Mesmo sendo digerida de forma lenta, fornece aminoácidos importantes para as fibras musculares, como BCAA, por exemplo. A dose também deve ser recomendada de acordo com a necessidade de proteína no organismo e são tipos: micellar e hidrolisada. A acidez aumenta o desconforto no estômago e o consumo pede uma maior ingestão de água para não sobrecarregar os rins.
Suplementação com BCAA
Aminoácidos voltados para o ganho de massa e recuperação muscular: valina, leucina e isoleucina. Os queridinhos são whey e creatina, mas o BCAA auxilia diretamente na síntese de proteínas para a construção de músculos. Alguns estudos não mostram tanto benefício no ganho de massa muscular, então é uma suplementação ainda questionada.
A dose indicada varia de acordo com a necessidade de aminoácidos, mas pode ser consumida antes ou depois da atividade física.