Amizade tóxica: O que é, como identificar e evitar

Equilíbrio
13 de Janeiro, 2020
Amizade tóxica: O que é, como identificar e evitar

Ter amigos é importante e faz bem para a saúde. Inclusive, alguns estudos sugeriram que amizade pode contribuir com a longevidade. Mas, você sabe identificar uma amizade tóxica?

Assim como relacionamentos amorosos, amizades também podem ser tóxicas. Pessoas tóxicas costumam ser extremamente difíceis de lidar. Porém, nem sempre é fácil enxergar essa toxicidade. 

Segundo a psicóloga Néia Martins, as pessoas em si não são tóxicas, mas sim seus comportamentos. Às vezes, alguém não está em seu melhor dia e se comporta de uma maneira destrutiva, equivocada, e estúpida. Mas, esse comportamento isolado não o classifica como tóxico. Portanto, sua essência não pode ser reduzida a esse adjetivo.

Uma pessoa tóxica normalmente apresenta características narcisistas e egoístas. Assim como nos relacionamentos amorosos, em que as pessoas sentem que são donas de seus parceiros, como se a outra fosse sua propriedade, enxergando-a como um objeto particular. Após isso vem o desejo de controlar o outro, manipular emocionalmente, chantagear, desprezar, apontar os erros com culpabilização, entre outros.

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Sendo assim, quando uma pessoa tem essa necessidade dentro de si, acaba desenvolvendo um comportamento tóxico em suas amizades.

“Significa que, em sua essência, uma pessoa nutre a inveja, ciúmes, não quer ver o outro ser próspero em sua vida, obter sucesso. Não consegue enxergar como algo bom o ascender da outra pessoa, pois vê isso como uma ameaça a si, aos seus propósitos. Não consegue vibrar pela conquista do outro, apenas finge uma emoção não sentida”, explica a psicóloga. “Esse comportamento não é somente com uma pessoa, ao contrário, se manifesta em qualquer circunstância que possa invalidar o seu ego”, complementa.

O comportamento tóxico está relacionado a algum distúrbio? 

De acordo com a especialista, um distúrbio ocorre em condições desfavoráveis, podendo ser social ou emocional. Também existe a palavra “transtorno”, que pode ser utilizada para indicar um conjunto de sintomas ou comportamentos reconhecíveis a sofrimentos, ou interferências com funções pessoais. Sendo assim, se a pessoa apresenta um comportamento diagnosticado como um distúrbio ou um transtorno, está relacionado, mas se não estiver, a pessoa é apenas desinteressada de fazer boas amizades, muito egocêntrica. Pode significar que sua toxidade faz parte de sua personalidade.

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Também pode estar relacionado a um complexo de inferioridade. Isso porque as pessoas costumam dizer a si mesmas que não são boas o suficiente, ou que não são tão bonitas assim, demonstrando sua baixa autoestima

“Existem pessoas que camuflam seus verdadeiros sentimentos, vestem-se com uma capa protetora completamente diferente para que não seja descoberto seu verdadeiro lado de desprotegido ou de coitado. Agora, existem pessoas que têm sua autoestima bem apurada, bem trabalhada, com um distinto ego que o faz se sentir o melhor, e acaba por desdenhar o amigo, sendo tóxico o suficiente para menosprezar e rebaixar o outro, por pura maldade” detalha a psicóloga.

Como identificar uma amizade tóxica

A profissional explica que identificar uma amizade tóxica não é tão difícil assim. Às vezes, prestar atenção à toxidade que um amigo tem pode fazer você enxergar que realmente ela existe. 

Existem amizades magníficas, que duram uma vida inteira, que fazem bem, colocam pra cima, ajudam. No entanto, há pessoas que não têm esse perfil e se fazem de amigos para desfrutar de algo que  convém a eles, fazendo você acreditar que está errado. Por isso a importância de entender o que é uma amizade tóxica.

Dessa forma, ao perceber que alguém que se diz amigo possui esses comportamentos ou atitudes, afaste-se. Visto que uma amizade assim trará apenas coisas negativas.

 Entretanto, em relação ao trabalho, conviver com uma pessoa tóxica pode ser extremamente difícil e inevitável. Porém, saiba resistir e não deixe se abater. Não perca tempo com discussões que não te acrescentarão em nada, foque em ações prospectivas.

Fonte: Néia Martins, psicóloga.

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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