Ambivalência afetiva: Sim, é possível sentir emoções opostas ao mesmo tempo
Raiva e felicidade, tristeza e alegria, medo e desejo… Você já sentiu emoções consideradas opostas ao mesmo tempo? Pois saiba que não é o único: a característica leva o nome de ambivalência afetiva, e pode ocorrer tanto em relação a uma pessoa quanto a um objeto ou a uma situação.
O estado emocional é mais comum em quem tem transtornos psiquiátricos, como depressão ou esquizofrenia. Mas calma: todos nós podemos experimentar a ambivalência afetiva em algum momento da vida.
Por exemplo, uma situação comum de ambivalência afetiva é quando o indivíduo sente ciúmes. Pois mesmo amando a pessoa, ele fica com raiva ao presenciar o parceiro se envolvendo com outros.
O termo surgiu após o psiquiatra Eugene Bleuler adotá-lo, em 1911, para se referir ao estado de espírito em que duas emoções opostas coexistem, como amor e ódio.
Como a ambivalência afetiva afeta o cérebro
Sentir duas emoções distintas ao mesmo tempo pode ser desagradável. Isso porque o nosso cérebro tem preferência por sentimentos parecidos. Portanto, quando isso ocorre, o desgaste sofrido é intenso. E se com frequência, então, vira algo exaustivo.
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Sinais da ambivalência afetiva
- Gostar muito de alguém, porém odiar certas atitudes do indivíduo;
- Sentir necessidade de falar algo e, ao mesmo tempo, não conseguir exprimir seus sentimentos e opiniões;
- Pensar em agir, mas se manter passivo diante de uma situação.
O lado bom
Apesar de ter o lado negativo, a ambivalência afetiva nos ajuda a analisar os nossos sentimentos com mais profundidade. De acordo com um estudo publicado em 2013 pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, esse estado emocional promove a autoconsciência.
Além disso, a pesquisa também pontuou que os sentimentos contraditórios estimulam o pensamento criativo. Pois o cérebro é obrigado a pensar de forma inovadora quando se vê diante de emoções opostas.
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Assim, a angústia causada pela situação controversa pode fazer você se questionar se realmente ama a pessoa ou se tem motivos para odiá-la. Por isso, quando estamos diante da ambivalência afetiva, nós refletimos melhor e, consequentemente, entendemos o que estamos sentindo.