Alopécia areata: O que é, sintomas e tratamento
A alopecia areata é caracterizada por queda aguda de cabelo nas áreas pilosas, ou seja, onde nascem pelos. Pode ser na cabeça, na barba, na sobrancelha. Assim, a própria palavra alopécia, significa queda de pelos e cabelo e, na medicina, a palavra que vem depois define o tipo. A universal, por exemplo, é quando a pessoa não tem nenhum pelo no corpo
Trata-se de uma alopecia não cicatricial, isto é, o quadro pode ser completamente revertido com o tratamento, já que não há morte dos folículos.
Dessa maneira, é uma doença autoimune cuja causa não é bem definida, mas geralmente é uma tendência genética e aparece depois de um gatilho, majoritariamente emocional.
Sintomas da alopécia areata
Na alopécia areata, há quedas de tufos de cabelo. Mas não é o caso de cair muito cabelo durante o banho, por exemplo. No local, fica um círculo marcando de onde saiu.
Somente na alopécia areata difusa é que pode haver a queda grande, durante meses, do cabelo. É uma variação da doença e geralmente acomete mulheres acima dos 40, já com quadro de doença autoimune como de tireoide.
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Nessas regiões sem cabelo é possível observar que na pele não há vermelhidão, nem coceira. E esses espaços redondos sem pelos podem se espalhar por diversas regiões, até mesmo nos pelos pubianos, e isso pode se dar com ou sem tratamento.
Diagnóstico e tratamento
Diante da observação desse quadro é preciso procurar um dermatologista tricologista, o que significa que ele é especialista em cabelo. No consultório será feito um exame clínico e a olho nu é possível essas áreas redondas sem cabelo. Além disso, é utilizada uma lente de grande aumento, chamada de dermatoscópio, para observar se o folículo está sendo danificado.
É necessário iniciar o tratamento logo que diagnosticada. Porém, é imprevisível saber se o cabelo vai nascer de novo ou se vai cair em algumas partes do corpo ou em todo ele.
O tratamento é feito com corticóides via oral, de maneira tópica ou no local, com agulha. Ela pode responder ao tratamento, mas não tem cura, ou seja, mesmo se na área os fios nascerem novamente, não é possível saber se volta a cair ali ou em qualquer outro lugar.
Fontes: Daniela Cassiano, dermatologista e Professor de Dermatologia do curso de medicina da Universidade São Camilo, de São Paulo; Fabiane Brenner, dermatologista coordenadora do Departamento de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), de Curitiba; Thiago Bianco, dermatologista expert em transplantes capilares, de São Paulo.