O que são alimentos orgânicos e por que são uma boa escolha
Os alimentos orgânicos ganharam popularidade na mesa de quem busca uma vida mais saudável. Mas por que, afinal, eles fazem bem para a saúde? Descubra o que faz um alimento ser orgânico e quais as razões para adotá-lo em sua dieta.
O que são alimentos orgânicos
Em primeiro lugar, os alimentos orgânicos são cultivados sem o uso de agrotóxicos. Eles também não sofrem nenhum tipo de alteração genética, como acontece com os alimentos transgênicos, que têm seu DNA modificado para atender a alguma necessidade específica da indústria.
Então, carnes e ovos também podem fazer parte da lista de orgânicos. No caso desses produtos, os animais são criados sem hormônios, antibióticos e quaisquer outras substâncias que podem prejudicar a saúde do consumidor final. Mas essas práticas não bastam. Para ser considerado orgânico, o alimento precisa passar por um processo sustentável do início ao fim, com comprovação de que nenhuma etapa afeta o meio ambiente e ecossistema local. Além disso, é preciso garantir a segurança dos trabalhadores, os direitos trabalhistas e não empregar menores de idade.
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Estes são os requisitos da legislação brasileira, que também contempla outras questões, como a segurança e a salubridade dos produtores dos alimentos, além de meios sustentáveis de distribuição e venda.
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Benefícios dos alimentos orgânicos
Benefícios para a saúde
- Os nutrientes e o sabor natural são preservados durante o cultivo, porque não foram afetados por produtos químicos, tampouco por modificações genéticas. Além disso, a qualidade nutricional e dos compostos bioativos dos alimentos são mais ricas e concentradas.
- Fortalece a produção sustentável, pois protege o solo de contaminações, vegetação e água.
- Estimula o consumo responsável e o crescimento de pequenos produtores.
- Evita o consumo de substâncias potencialmente nocivas para o corpo, como agrotóxicos e pesticidas.
Como os agrotóxicos mudam a estrutura química dos alimentos, quem consome os produtos orgânicos também ganha melhora das propriedades nutricionais desses alimentos, por isso é um processo muito indicado para quem busca por melhoria de vida.
Benefícios da alimentação orgânica para a natureza
O cultivo desses alimentos favorece o uso de uso equilibrado de recursos naturais. Assim, com o solo e água livres das substâncias químicas, a terra fica fértil por mais tempo. Outro ponto em relação à natureza é que esse processo orgânico oferece menos riscos para a fauna e a flora.
Malefícios de alimentos com agrotóxicos
Os agrotóxicos são substâncias químicas. Logo, o ideal indicado é ingerir o mínimo possível nas comidas, mesmo que o processo de produção de grande parte dos alimentos contem com esses produtos. Em 2020, 463 produtos agrotóxicos foram aprovados para uso nas lavouras e plantações. Em 2018, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostraram que a intoxicação por agrotóxicos está relacionada às doenças como: arritmias cardíacas, lesões renais, câncer, alergias respiratórias, doença de Parkinson, fibrose pulmonar e várias outras.
Com os agrotóxicos sofrem diversos processos químicos, isso pode gerar alteração na composição e prejuízos desconhecidos tanto para as terras, quanto para a saúde. Por exemplo: em 2009, os produtos com mais agrotóxicos eram o pimentão, morango, uva, cenoura, alface, tomate, mamão e laranja. Esse dado não foi atualizado e hoje em dia, não é de conhecimento público quais são os alimentos com mais dessas substâncias químicas.
Não é só nas comidas que o agrotóxico pode ser presente. Como é capaz de gerar intoxicação, ele também pode acabar aparecendo na água, no leite e bebidas em geral. No caso da água, os países determinam uma quantidade específica até onde a contaminação é considerada viável.
Essa contaminação traz diversos riscos dos agrotóxicos para a natureza. Então, tanto o solo quanto a água podem ser contaminados, e isso afeta diretamente a biodiversidade. Dessa forma, as intoxicações são passadas para os animais e podem causar morte na fauna e também na fauna.
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Como saber se o alimento é orgânico
Mas para ter certeza de que um alimento é orgânico, o solo, mudas, processo de adubação (que tem preferência pela compostagem) e outros pontos são avaliados.
Após isso, o produto recebe uma certificação do Ministério da Agricultura, que autoriza o selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica, que assegura o produto como uma comida orgânica. Isso vale para alimentos in natura (grãos, vegetais, frutas, etc) e industrializados. Mas a certificação só não é exigida quando os produtores são cadastrados por organizações de controles sociais. Além disso, o produto precisa ter, no mínimo, 5% de ingredientes não orgânicos.
Exemplos de alimentos orgânicos
- Ovos
- Frutas variadas
- Legumes variados
- Alimentos processados
- Hortaliças variadas
Onde comprar alimentos orgânicos
Os alimentos orgânicos não são difíceis de encontrar! Nos supermercados costumam estar em prateleiras e sempre com o selo de certificação. Outra maneira é procurar diretamente em produtores locais e pequenos agricultores. Dessa forma, além de melhorar a qualidade da alimentação, também ajuda os pequenos empreendedores.
Mais uma opção de encontrar comidas orgânicas é ir em feiras específicas para esse tipo de produto. Aqui vale pesquisar os locais mais próximos da sua localização. Entretanto, em feiras comuns também é possível encontrar, contudo, é melhor perguntar aos feirantes a procedência do alimento.
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Dicas e informações para incluir alimentos orgânicos na sua mesa
- O estilo de vida orgânico não se restringe apenas aos alimentos. Existem cosméticos que também são orgânicos e possuem o selo do IBD, e oferecem vários benefícios para a saúde.
- Os produtos orgânicos costumam ser um pouco mais caros do que os convencionais. A razão é que são produzidos em menor escala, o que gera mais custos para o produtor.
- Por fim, sempre que possível, adquira produtos dessa categoria. Você não faz bem apenas para a saúde, mas incentiva o desenvolvimento dos pequenos fornecedores e ajuda a tornar os preços mais competitivos.
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Fonte: Gabriela Cilla, nutricionista e gastróloga. Especialista em nutrição clínica, funcional e esportiva.
Referências: Organização Mundial da Saúde; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.