Alimentos que melhoram a memória

Se você pensa que apenas jogos de charadas e quebra-cabeças podem ajudar a manter sua mente em ordem está muito enganado. Existem inúmeros alimentos que ajudam o cérebro a se manter mais concentrado e até diminuir o envelhecimento cerebral, melhorando a memória. 

O benefício acontece quando são consumidos alimentos ricos em nutrientes e substâncias que melhoram o processo de aprendizagem, aumentam a concentração — para focar nas atividades do cotidiano — e atuam na prevenção de doenças neurodegenerativas como esclerose, Alzheimer e Parkinson, por exemplo. 

Como os alimentos ajudam

“Para a memória funcionar bem, os neurotransmissores desempenham um papel muito importante, especialmente a acetilcolina e a dopamina, que agem nas lembranças do cérebro e nas emoções”, explica a nutricionista Franciele Cristina Campos, de Piracicaba, interior de São Paulo.

“E a síntese (processo químico de obtenção de nutrientes) de alguns desses neurotransmissores são dependentes de nutrientes essenciais, como vitaminas do complexo B (B2, B6 e B12), ácido fólico, vitamina C e vitamina E (as duas últimas com forte ação antioxidante)”, completa. 

Assim, ao consumir alimentos que sejam fonte desses elementos, é possível se beneficiar desse processo químico e, automaticamente, turbinar a memória. 

Conheça os principais alimentos que trabalham a favor da memória e renove o cardápio:

Ômega-3

O ômega-3 pode ser encontrado em peixes de água salgada como sardinha, arenque e cavala e também nas sementes como linhaça e chia.

“Internamente, o ômega-3 favorece a comunicação entre os neurônios e, assim, melhora a concentração, a memória e o aprendizado em geral”, explica a nutricionista.  

Antioxidantes, beta-caroteno e licopeno

Estão nos alimentos avermelhados, alaranjados e amarelados como cenoura, tomate, laranja, pêssego, abóbora, açafrão, cranberry, mirtilo, goji berry, açaí, tomate, uva e outros. “Além de serem alimentos bons para memória também estão relacionados com o retardo do envelhecimento”, garante Franciele. 

Vitaminas do complexo B

São fontes das vitaminas B as proteínas animais (carne vermelha, aves e ovos), as leguminosas como feijão, lentilha e grão de bico, e as sementes, como nozes, castanhas e amêndoas.

Segundo a especialista, s integrantes do complexo ajudam na energia, melhoram a memória e auxiliam na comunicação dos neurônios e no desenvolvimento deles.

Vegetais verde-escuros

Chicória, espinafre, couve, rúcula e agrião são alguns exemplos. “Essas folhas são ótimos para ajudar na memória e protegem o neurônio. Além disso, também são ricas em outras propriedades benéficas à saúde como magnésio, quercetina, betacaroteno, glicosinolato, luteína, sulforano e fibras”, diz Franciela. 

Como incluir na rotina

É importante ter os alimentos bons para memória em todas as refeições diárias ou, no mínimo, em três refeições do dia. “É muito importante criar uma rotina alimentar diária, evitando pular as refeições, pois isso pode comprometer o desempenho cerebral por falta de glicose e levar à fadiga mental. O ideal é fazer uma média de cinco refeições, mas isso varia de acordo com a rotina de atividades de cada pessoa”, finaliza. 

A Dieta da Mente

A Dieta Mind –  dieta da mente – nasceu da combinação de duas dietas conhecidas: a Dieta Mediterrânea e a Dieta Dash.

A dieta foi criada a partir de uma pesquisa feita em um centro de Alzheimer de Chicago, nos Estados Unidos. Quase mil pessoas com mais de 50 anos foram acompanhadas durante cinco anos. Quem adotou esta dieta teve menos perda de memória.

A Dieta da mente tem 10 tipos de alimentos saudáveis que devem ser consumidos. São eles: vegetais folhosos e verdes, outros vegetais, oleaginosas, frutas, grãos, cereais integrais, peixe, aves, azeite e vinho. 

Nesta dieta, cinco tipos de alimentos são considerados prejudiciais e não deveriam ser consumidos mais que uma vez por semana: carnes vermelhas, manteiga e margarina, queijo, bolos e doces, frituras e fast-foods. 

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