Como usar a alimentação intuitiva para emagrecer
Pare de contar calorias e comece a sentir o seu estômago. Essa é a proposta da alimentação intuitiva (o intuitive eating), prática que propõe que as pessoas escutem o próprio corpo antes de dividir as refeições de três em três horas ao longo do dia.
O método nasceu nos anos 1990 e conta com 10 conceitos principais. As terapeutas nutricionais Evelyn Tribole e Elyse Resch se dedicaram a desenvolver um tipo de dieta que livra as pessoas de planos alimentares fixos, o qual é descrito no livro “Intuitive Eating, 2nd Edition: A Revolutionary Program That Works”, em português, “Alimentação intuitiva, Segunda edição: Um Programa Revolucionário que Funciona”.
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Em resumo, alimentação intuitiva significa se libertar do ciclo de dieta e aprender a comer conscientemente e sem culpa. Não há contagem de calorias ou restrições a certos alimentos, mas há algumas diretrizes – 10 princípios- que compõem a filosofia central desse método.
Alimentação intuitiva emagrece?
Para as criadoras do método, é importante entender que a alimentação intuitiva não é um plano de perda de peso, embora elas garantam que algumas mulheres emagrecem quando deixam para trás sua história insalubre com dieta e restrição alimentar.
Mesmo que a alimentação intuitiva pregue uma mentalidade de “coma o que você quer”, isso não significa que suas fundadoras não se importam com uma boa nutrição. Na verdade, um de seus “mandamentos” é fazer escolhas alimentares que respeitem a sua saúde, bem como o seu paladar.
Em outras palavras, comer intuitivamente ainda deve envolver mais frutas e verduras do que sorvete. Mas, ao mesmo tempo, uma dieta não precisa ser perfeita para ser saudável, e você não deve se culpar toda vez que fizer uma refeição ou uma opção menos regrada.
Como usar a alimentação intuitiva para emagrecer
Segundo as especialistas, quatro estratégias simples podem ser seguidas por quem busca perder peso com base no comer intuitivo. Elas até soam como “anti-dieta”, mas, segundo as autoras, esse é exatamente o ponto para emagrecer. Confira:
Remova as distrações e desfrute das refeições com todos os seus sentidos
Pare de comer no piloto automático. Sente-se sem livros, sem TV, computadores, celular e sem nenhuma conversa séria para distraí-lo. Sem fazer julgamentos sobre isso, preste atenção em tudo que você come. Note como é o gosto, o cheiro, como você se sente enquanto saboreia cada mordida. Empregar todos os cinco sentidos, não apenas o sabor, quando você come é uma maneira fácil de ser mais consciente. Isso lhe dá mais prazer com sua comida, então você acaba ficando mais satisfeito. Olhe para as cores do seu prato e inspire o aroma. Ouça o chiar daquele fritar ou o crocante das cenouras. Aprecie a textura.
Coma apenas quando estiver com fome e pare quando estiver satisfeito
Ao iniciar sua abordagem intuitiva de emagrecimento, dê a si mesmo permissão incondicional para comer quando estiver com fome. Mas tenha certeza de que é fome mesmo, o tipo físico de estômago. Pergunte: ‘Por que estou com fome?’ Se você está entediado, triste ou se sentindo emotivo, não é comida que você está desejando. À medida que você aprende a confiar em seu corpo, aprende que ele, de fato, lhe dirá quando precisa de comida e quando não precisa. É difícil comer dessa maneira em um mundo com telas de TV em mesas de restaurante e aperitivos ilimitados. Mas nada disso é tão difícil quanto lutar contra seu corpo pelo resto de sua vida.
Não rotule os alimentos
Geralmente, quem está de dieta costuma classificar os alimentos “com culpa” e “sem culpa”. Parte do que o leva a comer sorvete ou batatas fritas em excesso é uma fixação ao fascínio dos “alimentos ruins”, aqueles que são proibidos em um suposto plano alimentar. Tente ver todos os alimentos como iguais. Isso requer prática, então lembre-se de sua nova mentalidade quando se perceber pensando que bolo é ruim e que uva é bom.
Desacelere
Em vez de “engolir” o jantar, sente-se à mesa enquanto come e faça a refeição durar pelo menos 20 minutos. Quando você vai devagar, é mais fácil ler os sinais de fome e saciedade do seu corpo. Precisa de provas? Em um estudo publicado no periódico americano Journal of American Dietetic Association, as mulheres consumiam menos, mas relataram sentir-se mais cheias quando repousavam o garfo entre as mordidas e mastigavam cada garfada de 20 a 30 vezes.
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