Alergia ao suor/calor: Sintomas e tratamento
Você sabia que algumas pessoas têm alergia ao próprio suor? Isso mesmo. A condição é conhecida pelos médicos como urticária colinérgica, e acontece quando a temperatura corporal fica muito elevada (principalmente quando o tempo está muito quente e úmido, por exemplo).
Embora o processo exato não seja completamente conhecido pela ciência, especialistas acreditam que ele nada mais é do que uma reação do sistema nervoso ao estresse gerado pelo aumento da temperatura do organismo.
“A alergia ao suor é algo comum e pode ocorrer em qualquer momento. Alguns dos fatores que desencadeiam a irritação ou a coceira são mudanças no pH da pele (o que pode expor certos locais do corpo à ação de bactérias), bem como dificuldade na evaporação completa da transpiração”, explica a dermatologista Priscila Câmara de Camargo, da Clínica Camargo.
Sintomas
De acordo com a médica, os principais sintomas da alergia ao suor incluem:
- Irritação na pele;
- Sensação de coceira;
- Ardência;
- Brotoejas;
- Manchas vermelhas.
Esses sinais são mais fortes em bebês e idosos, sendo o pescoço e as axilas as regiões mais afetadas.
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Tratamento da alergia ao suor
“Geralmente, a irritação causada pela alergia ao suor desaparece naturalmente. Em casos de peles sensíveis ao perfume dos cosméticos ou histórico de dermatite, recomendo usar antitranspirante sem perfume. Além disso, procure utilizar um hidratante sem fragrância em regiões como axilas, parte traseira dos joelhos, entre as pernas, na virilha e abaixo das mamas”, aconselha a profissional.
Por fim, tomar banhos frios, beber muita água, usar roupas leves e manter os ambientes de casa frescos e arejados são outras recomendações.
Em casos mais severos, o ideal é buscar a ajuda de um especialista, pois ele poderá avaliar a necessidade do uso de pomadas mais específicas. Para os bebês, certifique-se de secar bem o corpo do pequeno antes de vesti-lo, além de evitar que ele transpire demais (com o uso de roupinhas leves) — o talco pode ajudar em alguns casos.
Fonte: Priscila Câmara de Camargo, dermatologista da Clínica Camargo.